Os jogadores do Figueirense receberam nesta quarta-feira o pagamento de salários que estavam em atraso, referentes ao mês de julho na carteira de trabalho. O acerto alivia um pouco a tensão no estádio Orlando Scarpelli, mas não resolve todos os problemas. Três meses de direito de imagem ainda estão em aberto.

Os valores não foram revelados, mas não significam muito. O valor pago em carteira, normalmente, é referente a 10% a 20% do salário. Por exemplo: o jogador que recebe R$ 30 mil, recebendo 20% colocaria no bolso apenas R$ 6 mil. O restante, R$ 24 mil, seriam equivalentes aos direitos de imagem.

Havia o receio de que os atletas não treinassem nesta quarta, mas as atividades ocorreram normalmente sob o comando do técnico Vinícius Eutrópio. O time se prepara para enfrentar o Guarani, em duelo marcado para as 16h30 deste sábado, em Florianópolis (SC), pela 20ª rodada.

Desde o W.O. contra o Cuiabá, na 17ª rodada, a relação entre elenco e diretoria é de conflito iminente. A ameaça de repetir a decisão de não ir a campo pairou sobre as duas últimas partidas, mas os jogadores resolveram não adotar mais o procedimento por respeito à torcida.

Fora de campo, o Figueirense enfrenta os tribunais. Denunciado por quebra de regras do fair play financeiro, o clube será julgado na próxima sexta-feira, sob o risco de perder pontos na Série B. A ação é fruto de uma notícia de infração do Ministério Público, que fez um minucioso relato sobre os atrasos salariais.

Na última terça-feira, o Figueirense perdeu por 1 a 0 para o Operário, em Ponta Grossa, pela 19ª rodada. Desta forma, fechou o primeiro turno com 21 pontos, em 15º lugar e bem perto da zona de rebaixamento. Sem vencer há dez jogos, o time vai tentar quebrar este jejum contra o Guarani, sábado, às 16h30, no Orlando Scarpelli.