Com o técnico Osmar Loss mantido no cargo pela diretoria após a eliminação na Copa Libertadores, o Corinthians tem três jogos para se preparar para a semifinal na Copa do Brasil diante do Flamengo. O torneio se transformou na prioridade da temporada. A retomada envolve obviamente o lado emocional, mas também a maneira como o time joga e até a escalação da equipe. Os próximos jogos são contra Atlético-MG, Ceará e o clássico diante do Palmeiras.

De acordo com presidente Andrés Sanchez, a Copa do Brasil virou prioridade “por estar mais próxima”. A premiação de R$ 50 milhões para o campeão também é um fator de atração. No Campeonato Brasileiro, o time está em oitavo lugar com uma diferença de 16 pontos para o líder (45 a 29).

“Quando falo de prioridade, não é que classifico em primeiro, segundo ou terceiro. É que a Copa do Brasil está mais próxima. Agora é a Copa do Brasil e pontuar no Brasileiro. É trabalhar para ganhar os dois campeonatos”, disse o presidente.

O lado emocional dos jogadores começou a ser recuperado ainda nesta quinta-feira. Os atletas destacaram que o time jogou bem diante do Colo-Colo e que pode levar a vontade e a organização para os outros torneios. “Nós mostramos dentro de campo que somos capazes. Temos de levar essa atuação para os outros campeonatos”, disse o zagueiro Henrique.

“A gente tem um time novo, crescendo, mas todos ficaram chateados. Com as vitórias se aprende, com as derrotas também. Se a gente continuar nesse nível, nessa entrega, podemos almejar coisas grandes pela frente”, disse o goleiro Cássio.

Nos próximos jogos, o time precisa recuperar o equilíbrio defensivo, um dos diferenciais dos últimos anos, e ser mais criativo. O Corinthians sofre muito quando Jadson e Pedrinho são bens marcados.

O primeiro desafio da retomada será no sábado, novamente em casa, contra o Atlético-MG. O time terá de trocar o lateral-direito. Fagner está suspenso e depois participa dos amistosos da seleção, nos dias 7 e 11 de setembro nos Estados Unidos.

Mantuan vai herdar a vaga. A troca traz dois problemas: o primeiro é a falta de ritmo do reserva, que alternou boas e más atuações quando atuou. O segundo é a perda de uma opção ofensiva, pois Fagner faz o papel de um verdadeiro ponta em quase todos os ataques.

A zaga também deverá ser modificada. O zagueiro Pedro Henrique está com dores no joelho direito. Exames realizados na quinta afastaram a possibilidade de lesão grave, mas ele será reavaliado nesta sexta-feira. Se não puder atuar, Léo Santos deverá substituí-lo. Aqui, o problema é a falta de experiência. No jogo que definiu a queda na Libertadores, diante do Colo-Colo, Léo teve dificuldades para marcar Lucas Barrios, autor do gol chileno.

Pedrinho também é dúvida. Ele sentiu dores no tornozelo e iniciou tratamento. Se desfalcar a equipe, o problema de Loss será encontrar um substituto igualmente criativo.