Os diretores do Federal Reserve (Fed, banco central americano) estão divididos sobre o momento de começar a reduzir as taxas de juros: a maioria prefere a prudência, mas outros acreditam que é arriscado começar as baixá-los muito tarde, segundo trechos das atas de sua última reunião.

“A maioria dos participantes” da reunião de janeiro do comitê de política monetária do Fed “destacou os riscos que teria agir rápido demais para flexibilizar a política monetária”, detalhou o documento publicado nesta quarta-feira (21).

Este grupo ressaltou “a importância de avaliar cuidadosamente os dados disponíveis para determinar se a inflação cai para 2% de forma duradoura”, apontam as “Minutas” da reunião.

Um começo prematuro dos cortes poderia provocar um repique da inflação.

Mas, “outros participantes” do encontro “destacaram os riscos para a economia associados a se manter uma postura restritiva demais durante tempo demais”, diz o texto.

Nesta hipótese, a economia americana poderia perder fôlego muito rápido, com uma alta do desemprego e, inclusive, uma recessão.

O Comitê de Política Monetária do banco central americano (FOMC) manteve suas taxas básicas de juros em uma faixa de 5,25%-5,50%, o mesmo nível mantido desde julho e um máximo em 22 anos.

O Fed elevou suas taxas básicas de juros para combater a inflação. Juros altos encarecem o crédito e desaquecem, assim, o consumo e os investimentos, reduzindo as pressões sobre os preços.

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