Diretora brasileira Marina Montesanti se consolida entre os grandes nomes da Broadway

Trajetória abrange clássicos, novos musicais e dramaturgia contemporânea

Divulgação/Miguel Herrera.
Diretora brasileira Marina Montesanti se consolida entre os grandes nomes da Broadway. Foto: Divulgação/Miguel Herrera.

A paulista Marina Montesanti é formada em Direção Teatral pela Columbia University, considerada a principal escola de formação de diretores do mundo. Graduada em Artes Cênicas pela The New School for Drama, em Nova York, foi selecionada, aos 21 anos, para um grupo restrito de artistas convidados a estudar com Peter Brook, no Brooklyn Academy of Music (BAM), um dos maiores centros de experimentação teatral do mundo. Aos 25, foi professora convidada do prestigiado curso de Teatro Musical (BFA) do CAP21, um dos programas de formação mais tradicionais de Nova York.

Morando a onze anos em New York, hoje, aos 29 anos, Marina é dona de uma trajetória marcada, por rigor, potência inventiva e um compromisso constante com a renovação do teatro contemporâneo.

Desde nova, a brasileira que já viveu na Argentina e na África do Sul, sempre teve como objetivo profissional, a carreira de diretora teatral e mesmo conseguindo chegar ao sucesso, ela não poupa esforços para continuar atingindo os seus objetivos, com determinação e qualidade, fazendo do teatro seu santuário.

Diretora de teatro e produtora indicada do Tony Award vem se afirmando como uma das vozes mais originais do teatro norte-americano contemporâneo.

Indicada ao Tony Award, por Fat Ham, vencedor do Prêmio Pulitzer de Drama, ela já colaborou em algumas das produções mais comentadas da Broadway, incluindo A Beautiful Noise: The Neil Diamond Musical, sucesso de público e crítica. Recentemente assinou a produção principal do espetáculo imersivo Into the Woods, com uma equipe formada por artistas da Broadway.

A trajetória de Marina como diretora abrange clássicos, novos musicais e dramaturgia contemporânea. Também tem no currículo a direção de The Visit, tornando-se a primeira pessoa a obter os direitos da obra de Kander e Ebb desde sua montagem original na Broadway.

Marina atua atualmente como diretora associada da vencedora do Tony Rachel Chavkin, no novo musical Eugene Onegin: A Bluegrass Musical, de Sarah Gancher, que será produzido em 2026, no Theatre Squared, em Arkansas, antes de seguir comercialmente para a Broadway.

Em novembro de 2026, Marina dirigirá In the Bronx Brown Girls Can See Stars Too, como parte da temporada inaugural de um novo teatro em Nova York e ainda dirigirá uma nova adaptação musical de Oliver, de Charles Dickens, totalmente reinventada e ambientada no universo musical dos anos 70 e 80.

“Nova York exige muito, mas também abre portas que realmente mudam o rumo de uma carreira. Eu sempre fui uma nerd do teatro; trabalhar, estudar e repetir até ficar melhor é o que me move. Tive a sorte de encontrar aqui pessoas que admirei de longe e que me acolheram ao me conhecer. A formação que tive expandiu meus valores criativos e definiu o rumo do meu trabalho. Hoje, participo de processos que estão levando o musical a novos territórios. Estar dentro dessas construções em um nível tão alto, com espaço real para minha voz, é um privilégio enorme. Também tenho a sorte de criar ao lado de dramaturgos da minha geração, artistas inquietos com quem estou fazendo obras que chegam ao público com força. Ainda me emociona ver uma plateia inteira levantar porque algo bateu fundo, e são esses instantes que me lembram que o trabalho está realmente reverberando.”, declara Marina.