Alexsander Moreira foi exonerado do cargo diretor de Apoio à Gestão Educacional da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC)  após ter sido alvo da Polícia Federal durante a Operação Hefesto, que investiga fraudes e lavagem de dinheiro na venda de kits de robótica para escolas em Alagoas. A demissão foi publicada nesta segunda-feira, 5, no Diário Oficial da União (DOU).

O caso:

  • O setor que era comandado por Alexsander é responsável por avaliar o cumprimento de metas do Plano Nacional de Educação (PNE) pelo municípios e recomendar o repasse de verbas;
  • As investigações da Polícia Federal apontam que Moreira teria desviado dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Entre os anos de 2019 e 2022, licitações para kits de robótica foram realizadas para 43 municípios de Alagoas com dinheiro do FNDE, ligado ao MEC;
  • Ainda segundo as apurações, Alexsander teria feito movimentações suspeitas de R$ 737 mil. Parte dessa quantia foi depositada em dinheiro vivo nas suas contas bancárias entre outubro de 2021 e novembro de 2022;
  • Três desses depósitos chamaram a atenção da Polícia Federal. Os pagamentos teriam sido feitos por uma empresa representada por Edmundo Catunda, sócio da Megalic;
  • Além disso, Moreira trabalhou durante dois anos na Pete, que é fornecedora dos equipamentos robóticos da Megalic;
  • Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Alexsander atuou como coordenador de redes de infraestrutura educacional. Já na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele se tornou diretor de Gestão Educacional.