O vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), Michael Barr, propôs elevar os requisitos de capital para grandes bancos americanos como parte de uma “exaustiva” série de medidas regulatórias e de vigilância bancárias.

Barr lançou várias ideias para reforçar a supervisão de bancos com mais de US$ 100 bilhões (R$ 487 bilhões na cotação atual) em ativos.

Seu plano incluiria entidades de médio porte, que sofreram tensões no início deste ano após uma corrida bancária fomentada pela preocupação sobre como bancos como o Silicon Valley Bank (SVB) administraram o risco da taxa de juros.

“Um limite de US$ 100 bilhões sujeitaria mais bancos a normas de capital mais sensíveis ao risco em comparação com a estrutura atual”, disse Barr, em uma conferência em Washington, em um discurso preparado.

As normas atuais se aplicam apenas a empresas que operam em escala internacional, ou que tenham US$ 700 bilhões (R$ 3,4 trilhões na cotação atual), ou mais em ativos, disse ele.

“Nossa experiência recente mostra que mesmo bancos desse porte podem causar tensões que se espalham para outras instituições e ameaçam a estabilidade financeira”, observou.

As propostas equivalem a “exigir dos maiores bancos dois pontos percentuais adicionais de capital”, continuou Barr.

Os requisitos de capital são as reservas financeiras que os bancos devem preservar para se proteger de eventuais perdas.

“Ao reforçar as normas de capital, estamos garantindo que as empresas disponham de crédito para crescer e contratar trabalhadores e enfrentar os altos e baixos da economia”, acrescentou.

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