O diretor do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil de São Paulo, Fabio Pinheiro Lopes, foi afastado do cargo nesta sexta-feira, 20, após ter o nome citado na delação do empresário Vinícius Gritzbach, delator de uma investigação que envolve o PCC (Primeiro Comando da Capital) morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos (SP) em novembro.
Ainda, o delegado Murilo Fonseca Roque também foi afastado nesta sexta-feira. As informações são do programa “Conexão GloboNews”, da “GloboNews”.
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De acordo com a delação, Gritzbach teria pago valores a título de corrupção a um advogado que prometia interferir em um inquérito que tramitava no Deic. Fabio Pinheiro Lopes nega as acusações.
O diretor do Deic afastado afirmou que a investigação de lavagem de dinheiro contra Gritzbach foi realizada dentro da “mais estrita legalidade” e o advogado que sugeriu a possibilidade de interferência no caso “está mentindo”. “Ou o empresário [Vinícius Gritzbach] faltou com a verdade para obter vantagens ou foi enganado”, pontuou Lopes.
Ao IstoÉ, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que os delegados citados na delação “estão afastados de suas funções a fim de que os fatos sejam apurados”. A medida foi adotada com o objetivo de garantir a isenção das investigações. “Além disso, a delegada Rosemeire Monteiro de Francisco Ibanez solicitou o desligamento da Corregedoria da Polícia Civil e se colocou à disposição da Instituição para seguir em outro setor, mudança que será efetivada na próxima semana”, finalizou.
A defesa de Murilo Fonseca Roque não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestação.