O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, ressaltou nesta quinta-feira, 29, que tem havido “surpresas positivas” em relação à inflação, o que é explicado principalmente pela dinâmica atual dos preços de alimentos. “Esse segmento voltou a apresentar dinâmica atipicamente favorável no mês de fevereiro”, afirmou.

Diante da inflação persistentemente baixa, o BC reduziu esta semana a taxa básica de juros, a Selic, para 6,50% ao ano e sinalizou com mais um corte na reunião de maio. Segundo o diretor, esse “choque de oferta importante”, principalmente dos alimentos, vem sendo observado desde 2017, levando a variação de preços da economia brasileira a caminhar mais lentamente.

Apesar disso, Viana ressaltou que os próprios analistas indicam reversão da inflação atipicamente baixa e uma convergência para a meta já em 2019. No ano que vem, a meta de inflação é 4,25% ao ano. “Olhando para frente, as expectativas estão ancoradas no nível das metas”, afirmou.

O diretor ressaltou que os cenários de mercado já embutem uma expectativa de elevação de juros a partir do próximo ano.

Em termos de crescimento, Viana afirmou que há expectativa de crescimento global disseminado, com projeções sendo revistas para melhor. “Há tendência de aumento nas projeções de crescimento, o que contribui para aumento do apetite ao risco de ativos dos emergentes”, disse. O diretor ponderou, no entanto, que há riscos envolvendo o cenário externo.

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