SÃO PAULO, 23 AGO (ANSA) – O diretor-geral da Usina Hidrelétrica de Itaipu no Brasil, o general Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta semana que o impasse com o Paraguai deverá ser concluído em um curto prazo de tempo.   

A negociação entre Brasil e Paraguai da energia gerada pela usina causou uma crise no país vizinho, e afeta, inclusive, o presidente da República, Jair Bolsonaro. Os partidos de oposição defenderam o impeachmente do líder paraguaio, que já perdeu diversos membros de seu governo.   

“A relação entre Brasil e Paraguai é importante para todos nós.   

Sabemos que existe uma relação bem próxima entre os dois presidentes. Qualquer coisa que desestabilize isso nos deixa desconfortáveis. Temos certeza de que, pelo vínculo que existe entre Brasil e Paraguai, isso será resolvido no curto prazo”, explicou Silva e Luna.   

A crise política provocou a renúncia do chanceler Luis Castiglioni, o embaixador paraguaio no Brasil Hugo Caballero, o presidente da Administração Nacional de Eletricidade (Ansa), Alcides Jiménez, e o diretor paraguaio de Itaipu, Alberto Alderete.   

As negociações estão sendo realizadas pela Ande e a Eletrobras.   

Já no âmbito político, os ministérios de Relações Exteriores e das Minas e Energia de ambos os países estão tratando o caso.   

Já por 43 votos a 36, a Câmara dos Deputados do Paraguai arquivou também nesta semana a abertura de um processo de impeachment do presidente do país, Mario Abdo Benítez, e do seu vice, Hugo Velázquez.   

A Usina de Itaipu está localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Ela foi construída pelos dois países entre 1975 e 1982.(ANSA)