Ernesto de Jesus Cardoso, gestor da Escola Municipal Tsukasa Uetsuka, foi condenado pela juíza Larissa Padilha Roriz Penna, titular do Juizado Especial Cível e Criminal de Parintins, a três meses de prisão em regime aberto, perda dos direitos políticos no mesmo período da pena e pagamento dos custos processuais por ele ter cortado parte dos cabelos de uma aluna. As informações são do site A Crítica.

O diretor foi condenado no processo movido por Alfredo da Silva Costa, que é pai da estudante e afirmou que Ernesto submeteu sua filha a constrangimento ilegal ao ter cortado parte do cabelo dela.

“Esse caso começou em novembro de 2019 quando minha filha chegou em casa e falou que o cabelo dela tinha sido cortado na escola e ela disse que foi o Ernesto (Cardoso). Ela estava no corredor da escola com umas cinco colegas e nessa hora o Ernesto passa e com uma tesoura cortou uma mecha do cabelo dela. Minha filha disse que ele (Ernesto) falou que foi tipo um castigo”, contou Alfredo.

“A condenação dele me trouxe alívio, sensação de justiça feita. Só que para meu espanto ele não foi afastado das funções, ele continua na direção onde meus filhos estudam”, afirmou o pai da jovem.

A versão do outro lado

Ernesto confirmou que se trata de uma perseguição sistemática de Alfredo contra a direção e a outros servidores da unidade escolar por serem militares. “Na realidade esse cidadão começou a ser contra a permanência dos militares na escola desde o primeiro dia que assumimos e reunimos com a comunidade escolar no ano de 2018. Depois disso, houve muitas tentativas dele tentar denegrir, difamar, não só a minha pessoa, mas dos demais militares e da própria escola. Inclusive, já tivemos outros militares que foram condenados por questões infundadas, e depois ele fez uma acusação a mim e esse processo foi julgado. Houve uma decisão da Justiça e essa decisão nós recorremos nos tribunais superiores, e vamos aguardar o resultado”, explicou o gestor.