Nada é colocado por acaso na preparação para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos no próximo domingo (11), no Stade de France, disse à AFP o diretor de cerimônias de Paris-2024, Thierry Reboul, empenhado em surfar na “onda de alegria” do evento na capital francesa.

A mesma equipe artística da cerimônia de abertura, liderada pelo diretor Thomas Jolly, é responsável pelo espetáculo, que começará às 21h locais (16h em Brasília) no estádio no Stade de France, em Saint-Denis.

A lista de artistas permanece em segredo, mas três grandes nomes vazaram à imprensa: o ator Tom Cruise, o duo de música eletrônica Air e a banda indie Phoenix.

Pergunta: Quais são seus sentimentos antes da cerimônia de encerramento?

Resposta: “Na abertura tivemos que marcar o tom. Na cerimônia de encerramento, temos que manter o ímpeto e terminar com o mesmo espírito destes Jogos Olímpicos, nesta onda de alegria que nos cerca.

Houve muita pressão sobre nós para a abertura e muito pessimismo sobre como as coisas poderiam acabar. Agora é um tipo diferente de pressão, as pessoas estão ansiosas por isso. Mas é completamente diferente, o formato é totalmente diferente.

A cerimônia será realizada em um estádio, algo mais tradicional. Teremos o toque característico do Thomas ainda mais marcado, com todo mundo trabalhando para ele. O espetáculo celebrará os valores olímpicos, que são mais universais”.

P: Sobre este ponto, as reações à cerimônia de abertura, que despertou muito entusiasmo, mas também fortes críticas, lhe deixam cauteloso?

R: “Devemos colocar a questão em perspectiva. Em um momento em particular (a pintura com Philippe Katerine considerada por alguns líderes de extrema direita ou conservadores como uma ofensa à religião católica) ouvimos vozes altas (…) Devemos relativizar as coisas.

Mas temos o cuidado de deixar claras as nossas intenções. A abertura consiste mais em apresentar o imaginário de um país. A cerimônia de encerramento é uma lembrança dos valores do olimpismo em geral. Vamos celebrar os valores de compartilhar e da universalidade, mas também a fragilidade do mundo”.

P: A cerimônia será a ocasião para passar a bandeira olímpica a Los Angeles, com uma sequência atribuída aos organizadores americanos dos Jogos de 2028…

R: “São os 15 minutos deles! Eles definiram e criaram. Estamos apenas ajudando. O que podemos esperar? É…Hollywood! Isso é tudo o que posso dizer”.

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