10/02/2022 - 10:49
ROMA, 10 FEV (ANSA) – O diretor-geral da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), Nicola Magrini, afirmou em entrevista à “RAI” nesta quinta-feira (10) que o país não deverá indicar a quarta dose das vacinas anti-Covid para todos os cidadãos.
“Não haverá uma quarta dose da vacina, mas um reforço, esperamos anual, e devemos cumprir também isso. A eficácia dessas vacinas andou melhor do que o esperado, considerando o fato de que foram descobertos muito rapidamente, com os estudos confirmando 95% de eficácia com base no primeiro trimestre de uso real [das fórmulas]”, disse Magrini.
O líder da agência, que é a equivalente à Anvisa na Itália, ressaltou que houve uma “perda lenta e gradual da eficácia, mas que também foi causada por conta de uma variante que conseguiu reduzi-la parcialmente”. A comparação foi feita por conta da disseminação da cepa Ômicron, que se tornou predominante na Itália em poucas semanas e que fez explodir a média de casos diários, especialmente, em janeiro.
“A comunidade científica observou de maneira unânime os benefícios extraordinários [dos imunizantes] em todos os locais”, acrescentou à emissora.
Alguns países já começaram a aplicar a quarta dose, como Israel, mas assim como a agência italiana, o órgão europeu (EMA) também afirmou que os benefícios da quarta dose são pequenos para pessoas saudáveis e que seria melhor focar em vacinar quem ainda não recebeu nenhuma injeção ou está com o esquema incompleto.
Magrini ainda confirmou que a Novavax, fórmula aprovada em dezembro do ano passado, deve chegar ao país no dia 24 de fevereiro e se somará às quatro usadas até o momento em pessoas com mais de 12 anos: Pfizer/BioNTech, Moderna, Janssen e Oxford/AstraZeneca. Para as crianças de 5 a 11 anos, é usada a versão pediátrica da Pfizer/BioNTech.
Conforme a última atualização do Ministério da Saúde, ocorrida na madrugada desta quinta, o país já aplicou mais de 131,5 milhões de doses. Entre as pessoas com mais de 12 anos, 91,2% já receberam uma dose; 88,6% receberam duas; e 83,8% tomaram as três.
Entre as crianças de cinco a 11 anos, que começaram a ser imunizadas em dezembro do ano passado, quase um ano depois dos adultos, o percentual é de 35,2% com a primeira dose e 21,4% com as duas. (ANSA).