GENEBRA, 30 NOV (ANSA) – O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, cobrou nesta terça-feira (30) que os países deem respostas “racionais” e “proporcionais” contra a variante Ômicron do novo coronavírus, descoberta na África do Sul.

+ Muitas especulações e poucas certezas sobre a variante ômicron
+ Empresa italiana prepara teste de vacina contra variante Ômicron
+ Veja o que se sabe sobre a variante ômicron do coronavírus

O surgimento dessa variante fez diversas nações fecharem as portas para viajantes da parte meridional do continente africano, onde os índices de vacinação completa não superam os 30% da população.

“Convidamos os Estados-membros a adotar medidas de redução de risco racionais e proporcionais”, afirmou Adhanom durante um briefing em Genebra sobre a disseminação da Ômicron.

“Ainda temos mais perguntas do que respostas sobre o efeito da Ômicron na transmissão, na gravidade da doença e na efetividade de testes, tratamentos e vacinas”, acrescentou.

A variante carrega cerca de 50 mutações na proteína spike, espécie de coroa de espinhos que reveste o Sars-CoV-2 e é usada pelo vírus para atacar as células humanas. Como a maior parte das vacinas disponíveis se baseia nessa proteína, existe o temor de que a variante possa ser resistente aos imunizantes.

No entanto, ainda não há sinais de que a Ômicron provoque formas mais graves da Covid-19 nem dados definitivos sobre sua capacidade de eludir vacinas. A variante já foi detectada em diversos países, como Alemanha, Canadá, Israel, Itália, Japão e Reino Unido, além de nações do sul da África.

De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), já foram registrados pelo menos 42 casos da Ômicron na União Europeia, todos eles assintomáticos ou com sintomas leves. (ANSA).