O desenvolvedor de software Emerson Osasco, de 35 anos, foi demitido do local onde trabalhava após ganhar notoriedade por sua participação em protestos contra o fascismo em São Paulo no último domingo (31). Diretor e conselheiro da torcida Gaviões da Fiel, Emerson disse ao Uol que o motivo da rescisão do contrato foi sua participação no ato.

+ Milton Neves passa mal durante programa na Band e é levado para hospital
+ Luciano Hang pede dinheiro para Olavo de Carvalho
+ Nova Zelândia dá alta ao último caso ativo de coronavírus

Emerson ganhou repercussão nas redes sociais após ser gravado e fotografado com o punho erguido, gesto comum do grupo antirracista Panteras Negras. Ele também recebeu diversas críticas de manifestantes pró-governo que também estavam na avenida.

“Após toda a repercussão, as imagens chegaram no meu serviço”, afirmou o torcedor ao Uol. Ele era contratado como pessoa jurídica da multinacional Softtek, empresa de tecnologia fundada em 1982 no México, com filial em Barueri (SP).

A reportagem do Uol procurou a Softtek que negou que tenha rescindido o contrato de Emerson por razões políticas, mas disse que não comenta casos específicos. “Nossas políticas de RH cumprem os regulamentos e estão alinhadas ao nosso código de ética”, diz a nota.

De acordo com o diretor da torcida Gaviões da Fiel, enquanto conversava com o gerente dele, a participação de Emerson no ato foi citada como o motivo da rescisão. “Ele acabou falando que foi porque eu estava na Paulista e mencionou um vídeo que eu tenho com o Lula. Vou entrar com uma ação na Justiça porque foi uma perseguição política. Ficou evidente para mim que foi por causa disso”, declarou ao Uol.