Morreu nesta segunda-feira, 19, em decorrência da Covid-19, o diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi. Ele tinha 75 anos e estava internado desde o dia 13 de março no hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, sua cidade Natal. Deixa a esposa Zuleide, os filhos Gustavo e Juliana e os netos Bernardo, Matheus e Sophia.

Diretor da CNI há mais de dez anos, era tido como um dos maiores especialistas do país em política industrial e comércio exterior.

“Além do amigo, perdemos também um profissional de visão e com espírito inovador, cuja trajetória foi marcada pela defesa incansável de políticas públicas pela inserção internacional da indústria brasileira”, declarou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Roberto Fendt, lamentou a morte de Abijaodi. “Tinha em Carlos Eduardo um interlocutor frequente para tratar de assuntos relacionados a comércio exterior, negociações internacionais e investimentos, áreas em que ele deixa como legado um trabalho de muito profissionalismo e competência, com resultados positivos para a indústria brasileira”, afirmou.

O ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e atual deputado-federal Marcos Pereira (Republicanos-SP) também lembrou a relação “amistosa e produtiva” com o diretor.

O ex-secretário de Comércio Exterior e atual vice-presidente da Câmara Americana de Comércio, Abrão Neto, disse que o comércio exterior brasileiro está de luto. “Abijaodi era um mineiro por excelência. Conciliador, atencioso, respeitoso e cercado de amigos. Uma figura querida e que contribuiu muito para a agenda internacional do Brasil”, declarou.

O ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral declarou que o Brasil perde um líder empresarial importante, que sempre foi um “alicerce importante para a indústria brasileira”. “Perdemos também um amigo querido, uma figura com a fineza desatinada das Minas Gerais”, afirmou.

Trajetória

Em nota, a CNI destacou a atuação de Abijaodi em temas como abertura comercial e livre comércio dentro da indústria e sua presença ativa nos debates do acordo Mercosul-União Europeia, no acordo de Facilitação de Comércio da OMC e na criação do Portal Único do Comércio Exterior.

Além disso, foi o responsável pela elaboração de propostas que acabaram se tornando políticas de governo, como o projeto “Indústria + Produtiva” e a proposta de criação da Câmara Brasileira da Indústria 4.0, base do programa “Brasil Mais Produtivo”.

“Sua vasta experiência nos temas de interesse do setor privado e sua admirável habilidade para negociação farão muita falta não apenas ao Sistema Indústria, mas também ao país”, acrescenta o presidente da CNI, Robson Andrade.

Nota oficial da entidade

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comunica, com muito pesar e tristeza, a morte do diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da entidade, o engenheiro Carlos Eduardo Abijaodi, de 75 anos, ocorrido nesta segunda-feira (19/04), em decorrência da Covid-19. Ele estava internado desde o dia 13 de março no hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.

“Além de sua extrema correção, afabilidade e competência, Abijaodi conhecia como poucos a política industrial e as engrenagens do comércio exterior. Além do amigo, perdemos também um profissional de visão e com espírito inovador, cuja trajetória foi marcada pela defesa incansável de políticas públicas pela inserção internacional da indústria brasileira”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, com quem Abijaodi trabalhou também na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Mineiro de Belo Horizonte, Carlos Abijaodi era diretor da CNI desde dezembro de 2010, onde coordenou, com muita competência, diversas áreas, como comércio exterior, integração internacional e de políticas industrial, econômica e tributária. Ele foi responsável pela reativação do debate sobre abertura comercial e livre comércio dentro da indústria e teve presença ativa nos debates do acordo Mercosul-União Europeia, no acordo de Facilitação de Comércio da OMC e na criação do Portal Único do Comércio Exterior.

Defensor incansável do aumento de produtividade dentro das empresas industriais, Abijaodi foi o grande apoiador do projeto “Indústria + Produtiva”, a mais bem sucedida iniciativa de política industrial do país dos últimos anos. Foi ele também quem, anos atrás, apresentou ao então Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviço (MIDC), o conceito e a proposta de criação da Câmara Brasileira da Indústria 4.0. Esse projeto se tornou o programa “Brasil Mais Produtivo”, que ajudou a melhorar a produtividade e a competitividade de milhares de empresas em todo o país.

“Sua vasta experiência nos temas de interesse do setor privado e sua admirável habilidade para negociação farão muita falta não apenas ao Sistema Indústria, mas também ao país”, acrescenta o presidente da CNI, Robson Andrade.

Carlos Abijaodi recebeu o diagnóstico do Covid-19 em 9 de março de 2021 e foi internado três dias depois. Ele deixa esposa, dois filhos e três netos, muitos amigos e um legado no comércio exterior brasileiro e na política industrial que, certamente, renderá muitos frutos.