O diretor artístico da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, Thomas Jolly, negou neste domingo (28) ter zombado da ‘Última Ceia’ em um dos momentos do espetáculo, criticado pela extrema direita e pelo episcopado católico.

“Nunca encontrarão da minha parte nenhuma vontade de zombar, de difamar nada. Eu queria fazer uma cerimônia que reparasse, que reconciliasse. Que também reafirmasse os valores da nossa República”, disse ele à rede de televisão BFMTV.

Em um dos momentos da cerimônia de sexta-feira, chamada de “Festividade”, um grupo de pessoas apareceu em uma longa mesa, incluindo várias drag queens, que recordavam a ‘Última Ceia’, a refeição final, segundo os Evangelhos, que Jesus teria compartilhado com seus apóstolos antes de sua crucificação.

No sábado (27), a conferência episcopal francesa (CEF) condenou o que considera cenas de “zombaria do cristianismo”.

Mas de acordo com Jolly, a ‘Última Ceia’ “não foi minha inspiração”. “A ideia era fazer um grande festival pagão ligado aos deuses do Olimpo… Olimpismo”, afirmou.

Apesar da polêmica em alguns momentos, a cerimônia de abertura dos Jogos foi recebida com entusiasmo quase unânime na França.

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