A organização do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, se pronunciou nesta terça-feira depois que o tenista sérvio Novak Djokovic, atual número 1 do mundo, revelou em suas redes sociais que tinha sido liberado para competir em Melbourne, a partir do próximo dia 17, mesmo sem ter se vacinado contra a covid-19. A direção do torneio soltou um comunicado oficial reforçando que a decisão foi feita por médicos independentes.

“Novak Djokovic irá competir no Australian Open e já está a caminho da Austrália. Ele pediu e recebeu uma exceção médica, passando por um rigoroso processo que envolvia duas avaliações independentes de médicos especialistas”, disse o comunicado oficial, destacando que foram várias as etapas do processo pelo qual passou o líder do ranking da ATP.

No entanto, por se tratar de questões pessoais de saúde, a direção do Aberto da Austrália não informou qual o motivo da liberação dada ao tenista sérvio.

Responsável por comandar o torneio, Craig Tiley comentou o assunto brevemente. “Protocolos justos e independentes de exceção médica foram estabelecidos para assegurar que o Australian Open de 2022 seja seguro e agradável para todos. O processo é calcado em decisões de médicos independentes”, falou o diretor em suas redes sociais.

A notícia repercutiu entre os jogadores. Um dos primeiros a comentar o assunto foi o duplista britânico Jamie Murray, parceiro do brasileiro Bruno Soares, que nesta semana disputa a ATP Cup, em Sydney. O irmão mais velho de Andy Murray não escondeu o descontentamento sobre a decisão e foi irônico ao abordar o assunto.

“Realmente, não sei o que dizer sobre isso. Acho que não teria obtido isenção se fosse eu que não tivesse sido vacinado. É isso mesmo. Devemos parabenizar Djokovic por conseguir vir à Austrália para competir”, disse o tenista britânico.