Funcionários consulares canadenses visitaram um compatriota detido na China nesta terça-feira (8), quase um mês depois de ele e outro cidadão daquele país terem sido presos por suspeita de espionagem.
No entanto, não foram fornecidos detalhes sobre a condição do empresário Michael Spavor devido às leis de privacidade canadense.
A China deteve Spavor em 12 de dezembro, dois dias depois de prender o diplomata Michael Kovrig, acusando-os de atividades que “põem em risco a segurança” do país asiático, uma frase frequentemente usada por Pequim quando se alega espionagem.
Embora não tenham sido feito vínculos, as prisões são consideradas retaliação de Pequim pela prisão no Canadá – a pedido dos Estados Unidos – de Meng Wanzhou, uma alta executiva da gigante chinesa de telecomunicações Huawei, a quem acusam de violar as sanções impostas ao Irã por seu programa nuclear, através de um esquema financeiro internacional.
Ottawa renovou seus apelos à libertação imediata dos canadenses, apoiada por Austrália, Grã-Bretanha, França, Alemanha, União Europeia e Estados Unidos.
A visita a Spavor, a segunda feita por funcionários consulares, ocorreu depois de o premiê canadense, Justin Trudeau, apresentar os casos ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cujo governo iniciou negociações comerciais com Pequim esta semana.
Na segunda-feira, Trudeau e Trump mantiveram um telefonema e denunciaram prisões “arbitrárias”.