Diocese abre investigação após padre ser flagrado com noiva de fiel em casa paroquial

Cena registrada em vídeo mobilizou moradores da cidade e reacendeu discussões sobre o comportamento de líderes religiosos

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Um vídeo que mostra o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nova Maringá (MT), dentro de uma casa paroquial na companhia da noiva de um fiel, no domingo, 12, gerou grande repercussão nas redes sociais e entre moradores da cidade, que tem pouco mais de cinco mil habitantes. O caso levou a Diocese de Diamantino a abrir uma investigação canônica para apurar a conduta do sacerdote.

Nas imagens, é possível ver o noivo da jovem arrombando as portas do quarto e do banheiro da casa paroquial após ele se recusar a abri-las. A mulher, de 21 anos, é encontrada chorando e escondida embaixo da pia. O vídeo viralizou entre os fiéis e provocou debates sobre o celibato e as possíveis consequências para o caso.

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Em nota oficial divulgada na terça-feira, 14, a Diocese de Diamantino confirmou que está “ciente da notícia que circula em alguns meios de comunicação social acerca da conduta de um de seus presbíteros” e afirmou que “todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas”, pedindo compreensão e orações da comunidade.

O que diz o Código de Direito Canônico?

De acordo com o Código de Direito Canônico, padres são obrigados ao voto de celibato, que proíbe relações afetivas e sexuais. A violação desse compromisso é considerada uma infração grave, sujeita a advertência formal, suspensão das funções clericais ou, em casos mais severos, redução ao estado laical, quando o sacerdote deixa oficialmente de exercer o ministério.

A apuração e eventual aplicação de sanções cabem ao bispo diocesano, que pode decidir se o caso será resolvido localmente ou encaminhado à Congregação para o Clero, no Vaticano. Além da investigação pela diocese, a Polícia Civil informou em nota à IstoÉ que a jovem registrou um boletim de ocorrência por divulgação indevida de imagens, após o vídeo se espalhar nas redes sociais.

Um áudio que circula nas redes sociais, atribuído ao padre Luciano Braga Simplício, traz a suposta explicação do religioso sobre o episódio. Na gravação, ele alega que a jovem teria pedido autorização para usar um dos quartos da casa paroquial para trocar de roupa e tomar banho, após ter participado de atividades na igreja pela manhã.