No último domingo, o técnico Fernando Diniz esteve impossibilitado de acompanhar o São Paulo no banco de reservas. No Morumbi, o Tricolor empatou com o Fortaleza, em 2 a 2, mas garantiu a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil nas penalidades. Nesta segunda, o comandante elogiou o trabalho de sua equipe e saiu em defesa de Daniel Alves, um dos nomes que foram criticados no último fim de semana.

– Fizemos um primeiro tempo primoroso. A gente fez um bom jogo em Fortaleza, que mereceu ganhar. Foram dois bons jogos. A gente oscilou menos ontem, teve chances de fazer mais gols no primeiro tempo. No segundo, o jogo foi mais aberto, com um erro que a gente cometeu. A gente colocou o Fortaleza no jogo quando saiu o primeiro gol deles – afirmou o técnico Fernando Diniz.

Depois de sair vencendo, por 2 a 0, o São Paulo cedeu o empate nos 15 minutos finais da partida. Nos pênaltis, embora o momento emocional estivesse a favor da equipe nordestina, o Tricolor conseguiu reverter a situação e conseguiu a vitória, por 10 a 9. O comandante também fez questão de elogiar seu time por superar a adversidade.

– Emocionalmente o time foi perfeito ontem depois que tomou o empate. Era pra ter se abatido, mas foi o contrário. Envolvimento de jogadores, não teve abatimento. Senso de união, colaboração, segurança que um passa para o outro. Treinamos muito pênalti. Não foi casualidade, foi trabalho.

Por fim, Fernando Diniz defendeu o camisa 10 Daniel Alves. O astro tricolor vem sendo criticado pelo seu rendimento em campo e, principalmente, pela sua permanência em campo durante as partidas do São Paulo. Contra o Fortaleza, o meia foi pouco efetivo e saiu de campo criticado.

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– Entrega mutias coisas, falo desde o ano passado, teve momentos de cobrança. Ele entrega mais do que vocês imaginam. É nossa maior referência. Ele entrega muitas coisas, no campo daria pra ver também, mas a gente enxerga mais as coisas superficiais, quando erra um passe ou acerta. Tem taxa de trabalho sempre grande, corre o tempo todo, sempre bate recorde no GPS. Coloca todo mundo para cima, tem frieza para decidir, espírito de luta invejável. É um grande privilégio ter o Daniel – encerrou o treinador do São Paulo. #

Confira outros trechos da coletiva de Fernando Diniz:

Sobre Léo, autor do gol que levou o São Paulo às quartas da Copa do Brasil
É um jogador que ganhou muita representatividade mesmo. Pode jogar de lateral, de quarto zagueiro e pode ser que jogue de outras coisas também. É um jogador versátil, de boa estatura. Acho que foi um prêmio para ele (bater o pênalti decisivo) até para coroar a semana na qual ele postou esse vídeo, uma lição de vida para todo mundo e a gente deve olhar mais para esses aspectos. O Léo não é exceção, não tem surpresa na história dele. Só foi contada de maneira bonita, como é bonito o Léo. Uma pessoa que entrega 100%, é um grande exemplo. A história de vida dos nossos jogadores é essa, o padrão se repete. Temos que saber dar suporte. Léo é um sobrevivente e um vencedor.

Sobre relação com a diretoria
Internamente, sempre tive muito respaldo, fui valorizado. Fora, a gente oscila conforme os resultados. A gente tem que ganhar jogos e campeonato, para o torcedor é isso. Só se satisfaz com resultado, vitórias, títulos. Temos que continuar trabalhando, mas o trabalho em si frutifica. Time tem jeito de jogar, está cada vez mais sólido, soube passar por muitas provações.

Sobre o atacante Brenner
O trabalho com Brenner e Igor Gomes é contínuo, como com todos os jogadores. Alguns conseguem ser titulares e se destacar. Acho que vou falar mais uma vez: temos que saber se aproximar dos jogadores. A maior parte dos problemas não é tático, físico ou técnico. É saber oferecer um continente em que o jogador possa se sentir confortável. O Brenner eu levei para o Fluminense, entrava quase todo jogo. Quando saí, ele não foi mais relacionado. Pedi que se reintegrasse aqui. É muito talentoso, tem carisma do gol, é frio, técnico. Mas é jogador que precisa de apoio e tempo. Não dá para resolver o problema de todo mundo, mas quando tem a predisposição de ajudar a pessoa que está por trás do jogador.

Sobre as substituições no segundo tempo da partida
Quanto às substituições, tem que fazer a análise de quando o jogo estava 2 a 1. Qual a substituição a ser feita? Se a gente tivesse feito o terceiro gol com Luan, a pergunta teria a mesma pertinência? O desempenho não muda. A gente não tava conseguindo fazer pressão alta, ia ter que jogar de transição.


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