O técnico do Fluminense, Fernando Diniz, destacou a fidelidade de seu time à sua ideia futebolística, apesar da dura goleada de 4 a 0 sofrida diante do Manchester City, na final do Mundial de Clubes, nesta sexta-feira (22), em Jidá, na Arábia Saudita.

“O time foi o Fluminense do começo ao final do ano. A gente pegou o melhor time do mundo nos últimos cinco anos, com muita capacidade de definir”, disse o técnico brasileiro aos microfones oficiais no final da partida.

Admirado na América do Sul pelo jogo ofensivo e vistoso, o Flu foi derrotado pela equipe inglesa, comandada pelo técnico espanhol Pep Guardiola e que conquistou o seu primeiro Mundial e o décimo primeiro consecutivo de um clube na Europa.

“Tomamos o gol muito cedo. Tomamos o segundo gol com todo mundo atrás, não podia tomar. O time tentou jogar, jogou sob pressão alta o tempo todo e conseguiu sair na maioria das vezes. O time está de parabéns, perdeu para um grande time e agora é pensar na próxima temporada”, acrescentou.

Diniz, de 49 anos, evitou culpar algum dos seus jogadores pelos erros defensivos, especialmente no primeiro gol dos ‘Citizens’, marcado pelo argentino Julián Álvarez aos 40 segundos de jogo, após um passe errado do experiente lateral-esquerdo Marcelo.

“Se falar que falha defensiva é o time todo, pode ser. Contra o Al-Ahly também aconteceu, os jogadores de trás acabaram nos salvando em alguns momentos. A gente sabia que não podia dar brecha nenhuma no sistema defensivo porque eles aproveitam muito bem”, explicou.

“Na maior parte do tempo, a gente conseguiu encaixar bem a marcação e quando falha uma ou duas vezes, eles acabam aproveitando e eles são muito precisos”, acrescentou.

Diniz, que é também técnico da seleção brasileira, destacou ainda que os seus jogadores não costumam ter a oportunidade de enfrentar equipes da “qualidade” do City, campeões europeus e ingleses, o que torna o processo de aprendizagem mais difícil.

“Quanto mais você vai jogando, mais tem chances de aprender e se aperfeiçoar, mas a gente vai continuar se aperfeiçoando mesmo jogando poucas vezes com times dessa qualidade”, garantiu.

Por sua vez, o zagueiro e capitão Nino, autor do gol contra que aumentou a vantagem do City para 2 a 0, destacou o bom ano do time carioca, que conquistou pela primeira vez a Copa Libertadores da América ao vencer o argentino Boca Juniors em novembro.

“Tudo o que a gente conquistou esse ano foi por causa das nossas convicções”, afirmou. “Na final a gente não podia abrir mão das nossas ideias”.

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