A goleada por 4 a 0 sofrida pelo Santos contra o Flamengo neste sábado, na Vila Belmiro, deixou o técnico Fernando Diniz incomodado, não apenas por causa dos números mostrados no placar final, mas também em razão de episódios que ocorreram durante e depois da partida. Em entrevista coletiva, ele criticou muito o árbitro Bráulio da Silva Machado e não gostou de ser questionado sobre uma possível ameaça ao seu cargo no clube.

Na avaliação do treinador santista, o pênalti marcado para o Flamengo no início do segundo tempo, quando Michael caiu na área após contato de Wagner, foi questionável. Ao reclamar do lance, emplacou em seguida uma reclamação sobre os acréscimos, citando a derrota por 3 a 2 diante do Palmeiras, em julho.

“A primeira coisa que mudou (o jogo) foi um pênalti questionável. Pelo menos de onde eu estava não tinha a mínima chance de aquele movimento derrubar o Michael. O VAR chamou e o juiz deu pênalti. Contra o Palmeiras, ele deu três minutos de acréscimos. Hoje, com 4 a 0, deu seis. Acho que ele queria que o Santos se complicassem mais ainda. Vale ressaltar o árbitro, toda vez que apita jogo do Santos é assim”, disse.

Para Diniz, o pênalti mudou a história do jogo, que, segundo ele, continuou equilibrado até cerca dos 20 minutos do segundo tempo, pouco antes de o Flamengo fazer os outros três gols. Além disso, o treinador considera que o resultado não traduziu o que foi o jogo e que o Santos só perdeU porque cometeu erros atípicos.

“O time fez uma partida equilibrada contra um dos elencos mais fortes do Brasil durante 70 minutos. Dos quatro gols que o Flamengo fez, a gente teve dois que a gente entregou e um pênalti extremamente discutível. A gente tem que pensar para frente. Utilizar aquilo que estamos fazendo de bom e corrigir os erros. Os erros que a gente cometeu não são erros que vamos treinar para corrigir, são erros que agente nunca comete. Cometemos contra um time que não costuma perdoar”, avaliou.

Quando perguntado sobre o quanto a atual série de cinco jogos sem vitória poderia pesar para ameaçar a sua permanência no Santos, Diniz se mostrou incomodado e disse que tem convicção no trabalho que está fazendo no clube. “Essa pergunta foi feita para mim lá no Paraná (após derrota, foi feita aqui antes do jogo e, obviamente, seria feita agora. A gente fomenta esse tipo de discurso para todo mundo, não é para mim. Eu um cara que sou seguro das coisas que eu faço. Eu faço o meu melhor todos os dias, trabalho pelo futebol para deixar o melhor para o clube”, afirmou.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Em 11º lugar no Brasileirão, com 22 pontos, o Santos tentará se recuperar da goleada no próximo sábado, quando visita o Cuiabá na Arena Pantanal, pela 19ª rodada.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias