A reversão de expectativas para a economia a partir de 2014 e os impactos da recessão na indústria, comércio e serviços pesaram nas previsões de investimentos para os próximos anos no Brasil. Os recursos devem ser direcionados cada vez mais para manutenção e modernização das unidades que já existem no País, em vez da construção de novas unidades.

Entre 2015 e 2018, os recursos, nacionais ou estrangeiros, previstos para a instalação de novas fábricas e unidades somaram US$ 105,6 bilhões. Já os recursos previstos para modernização das unidades já existentes eram de US$ 119,6 bilhões. Em 2018, apenas os investimentos estimados para esses projetos superaram os de 2014. Os recursos para inaugurações ficaram abaixo do que eram em 2014.

Os dados são da Rede Nacional de Informações sobre Investimento (Renai), do antigo Ministério da, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

“Setores tradicionais têm um modelo de negócio sensível aos percalços da economia e há um movimento global em alguns deles, como o farmacêutico, de aumentar investimentos em países desenvolvidos. Dinheiro para novos projetos é cada vez mais escasso”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas (Sobeet), Luis Afonso Fernandes Lima.

Nos últimos anos, os investimentos da indústria química têm ido mais para a modernização e manutenção das unidades já instaladas no País, em lugar da implantação de novos projetos, diz Fátima Ferreira, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Ela explica que o setor hoje tem 20% das fábricas com capacidade ociosa e acaba sendo um termômetro, por abastecer outras indústrias. “O País tem mercado interno e matéria-prima para atrair empresas, mas é preciso que a economia dê sinais claros de estabilidade.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias