Dinamarca, Noruega e Suécia se unem para enviar armas à Ucrânia

BRUXELAS, 5 AGO (ANSA) – Os governos de Dinamarca, Noruega e Suécia anunciaram nesta terça-feira (5) um compromisso conjunto de aproximadamente US$ 500 milhões para comprar armas dos Estados Unidos e fornecê-las à Ucrânia.   

A iniciativa é parte do programa de apoio militar coordenado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e é divulgada um mês após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que seu país forneceria armas para Kiev, pagas por aliados europeus, apesar de não ter indicado como isso seria feito.   

“Sou grato à Dinamarca, Noruega e Suécia por sua rápida ação para financiar um pacote de apoio militar dos EUA para a Ucrânia”, escreveu o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, no X, observando que “isso fornecerá equipamentos vitais e suprimentos essenciais para as linhas de frente, fortalecendo a posição ucraniana e ajudando-a a deter agressões na busca por uma paz duradoura”.   

O compromisso conjunto da Suécia, Noruega e Dinamarca ocorre após o anúncio da Holanda, o primeiro país a aderir à iniciativa da Otan, com uma contribuição de US$ 500 milhões.   

O acordo prevê uma contribuição da Dinamarca de aproximadamente US$ 90 milhões, enquanto a Noruega disponibilizará US$ 146 milhões e a Suécia entrará com US$ 275 milhões, principalmente para sistemas de mísseis Patriot, munições antitanque e outros equipamentos de defesa aérea.   

“Com este apoio, pretendemos garantir que Kiev receba rapidamente o equipamento necessário, ao mesmo tempo em que fortalecemos a cooperação da Otan na defesa da Ucrânia e garantimos a paz nos termos ucranianos”, enfatizou o ministro da Defesa norueguês, Tore O. Sandvik.   

Já seu homólogo dinamarquês, Troels Lund Poulsen, disse que Copenhague considerará financiamento adicional “em uma fase posterior”.   

Por sua vez, a vice-primeira-ministra sueca, Ebba Busch, destacou que “o fornecimento contínuo deste tipo de equipamento militar dos EUA ? que a Europa sozinha não pode garantir em volumes suficientes ? é crucial para a capacidade de defesa da Ucrânia”.   

Após o anúncio, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu a “iniciativa muito forte que aumenta significativamente nossa capacidade de proteger vidas humanas” e “servirá como um forte exemplo para outros países da Otan fortalecerem os laços de segurança entre os Estados Unidos e a Europa e garantirem proteção contra ataques russos”.   

Em publicação no X, o líder ucraniano enfatizou a contribuição dos países nórdicos “não apenas no fornecimento de armas, mas também no desenvolvimento de nossa produção conjunta de defesa e no fortalecimento da capacidade da indústria de defesa ucraniana”.   

“Essas medidas constituem uma nova base concreta para a segurança de longo prazo em toda a Europa. A Rússia jamais transformará a Europa em um continente de guerra, e é precisamente por meio de nossos esforços conjuntos que podemos garantir que a paz prevaleça”, concluiu Zelensky. (ANSA).