A Dinamarca anunciou, nesta quarta-feira (13), um aumento do seu gasto em Defesa para os próximos cinco anos e uma maior duração do serviço militar, que passará ser aberto para mulheres e uma ajuda adicional à Ucrânia para repelir a invasão russa.

A ofensiva russa na ex-república soviética, lançada em fevereiro de 2022, despertou preocupação no norte da Europa, onde Suécia e Finlândia, vizinhos da Dinamarca, abandonaram décadas de neutralidade e se somaram à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a fim de aumentar sua segurança.

“O governo prevê aumentar o gasto em Defesa em um total de 40,5 bilhões de coroas (29,5 bilhões de reais) entre 2024 e 2028”, escreveu o Ministério da Defesa dinamarquês em um comunicado.

O aumento significa que a Dinamarca terá um gasto em Defesa superior a 2% do PIB, valor estabelecido como meta pela Otan.

“O orçamento total em Defesa, incluindo a ajuda à Ucrânia, equivalerá em 2024 e 2025 a 2,4% do PIB dinamarquês”, explicou a primeira-ministra, Mette Frederiksen, em uma entrevista coletiva.

O país também aumentará o período de serviço militar, que passará de quatro para 11 meses, e que, pela primeira vez, será aberto para as mulheres.

“Não deixamos de investir em Defesa, mas segue sem ser suficiente”, argumentou a primeira-ministra.

“Se quisermos alcançar a meta da Otan, ou seja, sermos capazes de mobilizar rapidamente um contingente de 6.000 soldados e defender a Dinamarca dos ataques aéreos, temos que nos modernizar mais rapidamente”, advertiu.

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