O pedido de anistia política da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pelas violações de direitos humanos sofridas na ditadura militar brasileira será julgado nesta quinta-feira, 22, pela Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Além do requerimento da petista, a Comissão julga nesta quinta outros 95 pedidos de anistia. O dispositivo tem a função de conceder perdão judicial aos perseguidos políticos pelos militares, que comandaram o país entre 1964 e 1985.
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Dilma na ditadura militar
A ex-presidente participou de grupos de resistência ao regime de exceção e foi presa e torturada em carceragens de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais no início da década de 1970.
Em depoimento dado ao Conselho de Direitos Humanos de Minas Gerais, Dilma relatou que as agressões sofridas lhe causaram problemas físicos e psicológicos permanentes.
“As marcas da tortura fazem parte de mim. Descobri, pela primeira vez, que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente pelo resto da vida”, afirmou.