A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu o pedido da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para ser reconhecida como anistiada política em razão da perseguição que sofreu da ditadura militar brasileira.
De forma unânime, a Comissão decidiu por conceder um pedido de desculpas oficial do Estado brasileiro pelas violações sofridas no período de exceção e uma indenização de R$ 100 mil à petista. O requerimento de Dilma foi o primeiro avaliado nesta quinta-feira, 22.
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Dilma na ditadura militar
A ex-presidente participou de grupos de resistência ao regime de exceção e foi presa e torturada em carceragens de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais no início da década de 1970.
Em depoimento dado ao Conselho de Direitos Humanos de Minas Gerais, ela relatou que as agressões sofridas lhe causaram problemas físicos e psicológicos permanentes.
“As marcas da tortura fazem parte de mim. Descobri, pela primeira vez, que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente pelo resto da vida”, afirmou.