A presidente Dilma Rousseff prometeu, neste domingo, lutar até o fim para defender seu mandato, que pode ser interrompido prematuramente nos próximos dias, se o Congresso iniciar seu processo de impeachment.

Milhares de pessoas participaram de manifestações convocadas pelos sindicatos em várias cidades brasileiras para comemorar o 1º de Maio, incluindo a presidente Dilma, que discursou em um ato em São Paulo.

As celebrações do Dia dos Trabalhadores foram dominadas por discursos contrários ao impeachment, mais uma vez classificado como “golpe” pela própria Dilma.

À militância, Dilma disse em São Paulo que seus adversários estão “rasgando a Constituição” e planejam derrubar as políticas sociais que tiraram milhões de brasileiros da pobreza nos últimos anos de governo petista.

“Se podem fazer isso comigo, o que vão fazer com a classe trabalhadora?”, questionou Dilma, anunciando a ampliação do “Bolsa Família”.

A multidão interrompeu o discurso várias vezes aos gritos de “Não vai ter golpe, vai ter luta!”.

“A luta continua, não vai ter golpe”, afirmou o presidente do PT, Rui Falcão.

“Não vamos dialogar com um golpista”, sentenciou.

“Se não participarmos dessa resistência, se não formos às ruas, teremos de aguentar esse golpe da direita, que vai trazer desemprego, vai desorganizar a economia e fará milhões de pessoas voltarem para a pobreza de novo”, lamentou a aposentada e militante do PT Edna Delanina.

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