As dificuldades das escolas para se manter durante a pandemia ficaram perceptíveis em alguns detalhes dos desfiles deste ano.

Em grande parte das escolas, fantasias traziam fitas de materiais como a resina reciclada colorida (utilizada em sacos de lixo, por exemplo) penduradas em grande quantidade (como tassels), a fim de trazer o efeito de tecidos e até penas (material pouco presente nos desfiles, com exceção especialmente de destaques mais luxuosos de carros e casais de mestre-sala e porta-bandeira).

Da mesma forma, tecidos estampados em vez de detalhes costurados e bordados também foram muito utilizados. Escolas têm dito que grande parte dos materiais, comumente utilizados em alegorias e fantasias, são importados da Ásia e encareceram durante a pandemia.

A tecnologia não ficou tão evidente, com algumas exceções, como telões nos desfiles da Império de Casa Verde e Mancha Verde (no primeiro dia de desfiles).

‘Foi horrível ficar dois anos sem carnaval’

Com ingressos esgotados, as arquibancadas estavam cheias, mas não lotadas. Entre os que foram assistir aos desfiles estava o empresário Samir Bonifácio, que frequenta carnaval há 35 de seus 42 anos. “Foi horrível ficar dois anos sem carnaval. O carnaval é a maior festa do País.”

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A técnica de enfermagem Elisabete de Souza Dias, de 54 anos, nascida no Bixiga e que estreou no Vai-Vai na ala das crianças, estava na arquibancada neste ano. Ela levava uma toalhinha da escola porque sabia que iria se emocionar. “Já estamos aqui, com o coração na mão.”

Já o estudante Matheus Garrido, de 18 anos, estava trajado com as cores da Rosas de Ouro, que passou a frequentar por influência do pai, que joga no Arco Futebol Clube, ligado à escola de samba. Ele também estava ansioso pela passagem da Gaviões da Fiel e do Vai-Vai. “Quero muito ver.”


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