Durante a gestação, a alimentação é um fator muito importante para garantir todos os nutrientes que um bebê precisa durante seu desenvolvimento. Mas e quando a mulher não consome alimentos de origem animal? Será que a dieta vegana na gravidez é segura?

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Segundo a nutricionista Cyntia Maureen, esse tipo de alimentação não oferece perigo para o desenvolvimento do feto, mas é preciso tomar alguns cuidados — como acompanhamento médico e nutricional durante todo o processo, para obter as orientações necessárias.

Para esclarecer algumas questões que ainda geram dúvidas, a profissional esclareceu quatro mitos e verdades sobre esse tema à “Women’s Health”, de onde são as informações.

É seguro seguir uma dieta vegana na gravidez

Verdade. De acordo com o artigo publicado no Jornal da Academia de Nutrição e Dietética, essa dieta é saudável, nutricionalmente adequada e pode fornecer benefícios na prevenção e no tratamento de certas doenças, como diabetes, doenças cardíacas, hipertensão arterial, obesidade e alguns tipos de câncer. Além disso, ainda oferece vantagens cerebrais ao feto. “Trata-se de uma opção segura, tanto para a mãe quanto para o bebê, desde que tenha acompanhamento médico”, indica Cyntia.

O veganismo prejudica o desenvolvimento do bebê

Mito. O veganismo pode trazer problemas à saúde se não for efetuado de forma correta, assim como qualquer outra dieta. “É preciso ter atenção, aumentar a ingestão de legumes, verduras e frutas. Não basta só deixar de comer carne, mas sim fazer com que os nutrientes da carne sejam substituídos por outros alimentos”, comenta a especialista. “Dessa forma, essa opção alimentar não prejudicará a criança.”

Amamentação não é indicada nesses casos

Mito. A mãe pode seguir com a amamentação normalmente. “Contudo, novamente é importante contar com acompanhamento com nutricionista e pediatra para garantir que as vitaminas e minerais passados para o bebê não estejam abaixo do necessário”, pontua ela.

As crianças não devem adotar essa alimentação após o nascimento

Mito. Segundo a nutricionista, não há nenhuma contraindicação em relação ao fato da criança não ingerir alimentos de origem animal. “Minha orientação é que, assim como nas dietas convencionais, a criança adote esse hábito com a supervisão de um especialista. Por estarem em fase de crescimento, os pequenos possuem uma necessidade maior de nutrientes na comparação com os adultos”, conclui.