Christina Aguilera deixou fãs boquiabertos durante as apresentações de sua residência de shows em Las Vegas, nos Estados Unidos. A cantora de 43 anos apareceu 18 kg mais magra e surpreendeu ao falar sobre seu plano alimentar. Em entrevista ao jornal britânico “DailyMail”, ela afirmou que chega a consumir 1,6 mil calorias por dia seguindo a dieta arco-íris.

 

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“As cores dos alimentos não são apenas ‘enfeites’. A ciência já sabe que a coloração diz respeito a potenciais terapêuticos específicos, que tornam os alimentos e temperos verdadeiros medicamentos naturais”, afirma a nutricionista clínica funcional Gisela Savioli, autora do livro digital “Dieta Arco-Íris”.

Os alimentos recomendados na dieta arco-íris são frutas, legumes e verduras. “Na escala das cores, cada uma delas é marcada por uma vantagem nutricional diferente”, destaca a nutricionista, que recomenda adicionar ao menos cinco cores de alimentos ao prato em cada refeição.

Como classificar os alimentos?

Gisela explica que o que define a cor da fruta ou vegetal é a cor da casca — desde que ela também seja consumida. “A maçã será verde ou vermelha se você comer com a casca. Agora, se você a descascar, ela será considerada branca”, ensina.

Confira um guia básico das cores dos alimentos:

Grupo verde

De acordo com a nutricionista, os alimentos verdes são os mais abundantes na natureza e, por isso, precisam ser os mais abundantes no prato. Eles são ricos em magnésio, mineral que comanda o organismo e ajuda no alívio das dores, na energia e no relaxamento muscular.

Neste grupo estão frutas como abacate, maçã verde, kiwi e uva Itália. Os legumes vão desde abobrinha, brócolis e chuchu a vagem, quiabo e ervilha. As verduras são todos os tipos de alface, agrião, repolho, rúcula, couve e mais.

Grupo vermelho

A cor vermelha é indicativo de licopeno, nutriente capaz de melhorar a saúde e ajudar na prevenção de alguns tipos de câncer. Neste grupo se encaixam acerola, cereja, melancia, pitanga, morango, maçã e goiaba. A beterraba e o rabanete também entram, ao lado de pimentão vermelho e tomate.

“Uma dica é consumir os alimentos vermelhos acompanhados de um bom azeite, pois essa gordura melhora a absorção dos nutrientes”, ressalta a especialista.

Grupo laranja e amarelo

Alimentos naturais nas cores laranja e amarelo são ricos em beta-criptoxantina, uma substância poderosa e anti-inflamatória que ajuda a aliviar dores. Entram no grupo abóbora japonesa, abóbora seca, batata yacon, cenoura, mandioquinha e pimentão amarelo. As frutas incluem caju, manga, caqui, melão, laranja, pêssego, mamão, seriguela, tangerina, nêspera, abacaxi, maracujá doce e pera.

Grupo roxo

Os alimentos roxos, segundo Gisela, são muito ricos em antioxidantes — sendo um deles a antocianina, uma das mais eficiantes no combate ao envelhecimento precoce — e não precisam ser ingeridos em grandes quantidades. Estão englobados cebola roxa, repolho roxo, açaí, ameixa, amora, figo, uva roxa, mirtilo, berinjela, jabuticaba, framboesa e batata doce roxa.

Grupo branco

Os alimentos brancos concentram antioxidantes importantes, alguns associados à proteção ao câncer. Neste grupo, fazem parte endívia, alho, cebola, alho-poró, couve-flor, broto de feijão, atemoia, fruta do conde, banana, goiaba branca, graviola, jaca, lichia, mangostim, melão-rei, cupuaçu, coco, mandioca, batata bolinha, nabo, batata doce branca, cará, inhame, batata inglesa e cogumelos, que são boas opções para ampliar a eficiência do sistema imunológico.

Gisela ainda faz uma alerta para as frutas brancas: apesar de bem nutritivas, também são as mais calóricas.

“O alho e cebola são temperos que entraram na lista de cores de alimentos pois estão presentes em quase todas as receitas e preparos. Eles podem ser sinalizados como brancos. Sempre priorize temperos naturais, pois os prontos, cuja a maioria disponível no mercado é de péssima qualidade para a saúde, contêm corantes e alto teor de sódio”, adverte a nutricionista.

Por fim, ela reforça a importância do consumo de água, classificada no grupo azul, e chama atenção para a diversidade existente na culinária terapêutica.

“Cada alimento de verdade é uma farmácia em termos de nutrientes e compostos bioativos. Quando associados uns aos outros, eles fazem o que chamamos de sinergia. Essa é a razão pela qual uma vitamina isolada comprada nunca fará o mesmo efeito do que a matriz alimentar”, finaliza.