Depois de ser oficializado como reforço do Flamengo, o meia Diego escreveu uma carta para os torcedores rubro-negros. Ele relembra todos os números da carreira e diz que aceitou o convite do time carioca com o objetivo de ser feliz.

O meia de 31 anos deixou o Fenerbahçe na Turquia e retorna ao Brasil após 11 anos na Europa. Ao longo deste período, diversos clubes tentaram repatriá-lo, como Corinthians, São Paulo, Flamengo e, principalmente, o Santos, que o revelou, mas sempre esbarraram na alta pedida salarial ou na recusa do time do jogador de liberá-lo. A apresentação do jogador está marcada para esta quarta-feira.

Diego surgiu para o futebol no título brasileiro do Santos em 2002, quando, aos 17 anos, formou dupla com Robinho. Ficou no clube até o meio de 2004, antes de ser negociado com o Porto. Brilhou no Werder Bremen entre 2006 e 2009 e foi para a Juventus. A partir de então, rodou sem grande destaque por Wolfsburg, Atlético de Madrid e Fenerbahçe.

Confira o comunicado de Diego na íntegra:

Letras, não números

O que é a carreira de um jogador de futebol sem a análise de números? Gols, assistências, partidas, minutos jogados, distância percorrida em campo, títulos, idade e até a conta bancária.

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Nestes meus 31 anos de vida, quase todos dedicados ao futebol, tenho muitos números dos quais me orgulho. Saí do Santos com apenas 19 anos para ir para a Europa. Lá, fiquei 12 anos. Joguei em 6 clubes gigantes, de 5 países, e conquistei 10 títulos. Só na Europa, fiz 403 jogos, 101 gols e 111 assistências. No Fenerbahçe, meu último clube, 75 jogos, 8 gols e 13 assistências.

Fui convocado para a Seleção Brasileira e ganhei 1 medalha olímpica e 2 vezes a Copa América.

Mas isso não é tudo. Mais do que os números, são as letras que importam.

E foi por isso que eu escolhi jogar no Flamengo.

Não sei ainda o número que estará na parte de trás da minha camisa, mas sei bem as letras que estarão no escudo que fica ali no lado esquerdo do peito: CRF.

Assim como todo jogador se preocupa com os números, ele também sonha em jogar vestindo este Manto Sagrado. Em ter seu nome cantado pela Nação Rubro-Negra. Em ser feliz e fazer feliz. E foi por isso que eu vim. Por minha causa, sim, mas também por vocês.

Agradeço pelo carinho e pela confiança. À galera bem humorada da FlaTwitter, aos sócios-torcedores, que são fundamentais para o clube, e a cada um dos milhões de rubro-negros no Brasil e no mundo.

A grandeza do Flamengo dispensa apresentações, mas mesmo assim me surpreendeu. Nas redes sociais, nas ruas, nas mensagens dos meus amigos, todos que falaram comigo fizeram o mesmo pedido: “vem ser feliz no Mengão”.

Eu vim. Eu vou ser. E vou me dedicar ao máximo para fazer cada um de vocês também muito feliz.

Não são os números, são as letras.

SRN! TMJ!



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