A alta de 1,1% na produção industrial em setembro deste ano em relação a setembro de 2018 foi impulsionada por um efeito calendário favorável e uma base de comparação fraca, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro de 2018 ante setembro de 2017, a indústria tinha recuado 2,4%, ressaltou Macedo, mostrando que a base de comparação era fraca.

Quanto ao efeito calendário, o mês de setembro de 2019 teve dois dias úteis a mais que setembro de 2018. Se essa contribuição dos dias úteis a mais fosse neutralizada, a indústria teria crescido 0,6% ante setembro do ano passado.

“Ainda é positivo, mas numa intensidade menor”, ressaltou Macedo.

A produção industrial mostrou avanços em 13 das 26 atividades pesquisadas em setembro deste ano em relação a setembro de 2018, segundo os dados da Produção Industrial Mensal – Produção Física, divulgada pelo IBGE.

As principais contribuições positivas para a média global partiram das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (6,9%) e produtos alimentícios (3,2%). Também foram relevantes as expansões em bebidas (10,4%), produtos de metal (8,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (9,0%), máquinas e equipamentos (3,8%) e móveis (11,4%).

Na direção oposta, entre as 13 atividades que registraram perdas, os destaques foram metalurgia (-6,6%), indústrias extrativas (-2,7%), celulose, papel e produtos de papel (-7,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,1%), impressão e reprodução de gravações (-26,0%) e outros produtos químicos (-2,5%).

Também alavancado pelo efeito calendário, o índice de difusão, que mostra a proporção de produtos com crescimento na produção, subiu de 36,0% em agosto para 51,9% em setembro.