Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Dias Toffoli se declara suspeito em ação com filho de seu braço direito

Toffoli se declarou suspeito de votar em julgamento sobre ida da influenciadora Deolane à CPI das Bets. Ela é defendida por filho de juiz auxiliar do ministro

Gustavo Moreno/STF
Foto: Gustavo Moreno/STF

Dias Toffoli se declarou suspeito e não participará do julgamento de um caso no STF no qual atua como advogado o filho de um juiz auxiliar de seu gabinete, braço direito do ministro há tempos.

O advogado Rafael Pina von Adamek é filho do desembargador Carlos von Adamek, do Tribunal de Justiça de São Paulo, amigo de Toffoli e juiz auxiliar do ministro no STF.

No caso analisado pelo Supremo, Rafael atua como advogado da influenciadora Deolane Bezerra. A CPI das Bets no Senado recorreu ao STF para reverter uma decisão de André Mendonça que autorizou Deolane a não comparecer à CPI.

O julgamento do recurso da CPI foi iniciado nessa segunda-feira, 14, com o voto de Mendonça. O ministro manteve sua decisão e rejeitou as alegações da Advocacia do Senado. Toffoli, em seguida, declarou-se suspeito. Edson Fachin seguiu o voto de Mendonça. A análise do recurso, feita virtualmente na Segunda Turma do STF, terminará às 23h59 dessa terça-feira, 15.

Além da atuação como juiz auxiliar no gabinete de Dias Toffoli, Carlos von Adamek foi secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na gestão do ministro no órgão, entre 2018 e 2020.

Toffoli era entusiasta da indicação de Adamek ao STJ em uma das duas vagas destinadas a desembargadores, abertas em 2023. Lula, no entanto, escolheu José Afrânio Vilela, de Minas Gerais, e Teodoro Silva Santos, do Ceará.