Sete dias antes de ir para julgamento, Paulo Henrique da Rocha, acusado de matar Tereza Cristina Peres e do filho dela, Gabriel Peres, foi solto. De acordo com uma denúncia feita pela defesa da família, ele foi liberado por causa de um erro.

A reportagem do G1 conversou com o advogado Thiago Augusto de Carvalho Cruz. De acordo com ele, o júri popular está marcado para o próximo dia 31, e Rocha foi solto na última terça-feira (24).

Segundo Cruz, a liberação foi indevida e teria acontecido por um erro inicial do Setor de Alvarás de Soltura (Setarin), da Polícia Civil. “Ele estava em uma unidade de segurança máxima e saiu pela porta da frente”, afirmou.

“Estamos desesperados, perplexos, é extremamente perigoso. O júri deve ser realizado mesmo assim. Temos convicção que vai haver condenação, mas ele está solto”, completou o advogado.

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o acusado deu entrada no sistema prisional em 1º de agosto de 2019. Antes de ser solto, ele estava preso no Complexo Público Privado de Ribeirão das Neves.

Por meio de nota enviada ao G1, a pasta disse que a soltura de detentos é determinada pelo poder judiciário e que “ao Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) cabe apenas o seu cumprimento, após verificação de impedimentos e análise documental” de competência do Setarin, da Polícia Civil.

“Sobre este fato, a Sejusp ressalta e esclarece que, no momento da soltura de Paulo Henrique da Rocha, cumprida no dia 24 de agosto, às 16h, não constavam impedimentos para sua liberação. Portanto, o alvará de soltura foi cumprido pela unidade prisional sem qualquer irregularidade”, afirmou.

Os assassinatos aconteceram em julho de 2019. Mãe e filho foram mortos a tiros quando estavam voltando da academia. O crime foi realizado no meio da rua. De acordo com a família, tudo teria acontecido pelo fato de o homem não aceitar o fim da relação com a vítima.