Fundador e líder do movimento Escola sem Partido, o advogado Miguel Nagib não vê razão para tanta polêmica em torno das propostas, como ocorre hoje no Congresso, na sociedade e na mídia.

Em debate com a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Catarina de Almeida Santos, no Diálogo Brasil desta segunda-feira (10), na TV Brasil, ele nega que se esteja criando novos deveres para professores ou novos direitos para os estudantes. “Está tudo na Constituição”, sustenta.

Catarina discorda. Na opinião dela, o projeto burocratiza e judicializa o processo educacional, além de ter uma função antipedagógica ao, segundo ela, incentivar denúncias contra professores. A professora da UnB destaca que o Brasil é um dos países onde mais se mata pessoas LGBT, comete-se feminicídio e abusa-se de crianças e adolescentes, o que torna ainda mais obrigatória a abordagem de questões de gênero e de orientação sexual, por exemplo, nas instituições de ensino.

Nagib contesta que haja qualquer assunto proibido e sustenta que o projeto busca garantir o pluralismo de ideias.

O programa, apresentado pelo jornalista Maranhão Viegas, também exibe depoimentos em vídeo da deputada federal Érika Kokay (PT-DF), para quem o Escola sem Partido “coloca o professor sob vigilância” e compromete a relação entre educadores e estudantes; e do deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), para quem o projeto prioriza a pluralidade e as “diferentes vertentes do pensamento”.

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