A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, picado por uma cobra naja no dia 7 de julho, traficava animais silvestres desde 2017. De acordo com o delegado Willian Andrade, o jovem comprava as serpentes em outros estados e revendia. As informações são do portal Metrópoles.

Ao todo, o inquérito indicia 11 pessoas por crimes ambientais. Pedro é acusado de tráfico animais silvestres, maus-tratos a animais e associação criminosa. A mãe do estudante, Rose, e o padrasto dele, o coronel da PMDF Eduardo Condi, também foram indiciados.

Conforme as investigações, o estudante passou a reproduzir as serpentes e vender os filhotes por cerca de R$ 500. “Deixamos claro que não se trata de um colecionador. Nessa investigação, tratamos de separar os criadores de quem compra, vende”, esclareceu o delegado.

Pedro Henrique Krambeck Lehmkul foi picado pela naja no último dia 7 de julho e foi internado logo após o episódio em um hospital privado na Região Administrativa do Gama, a 30 quilômetros do centro de Brasília. O quadro do rapaz evoluiu para estado grave e ele chegou a ser colocado em coma induzido.

O Instituto Butantã era o único no país que tinha antídoto para o veneno da naja. Todas as doses foram enviadas para o Distrito Federal para socorrer o jovem. Enquanto se recuperava, a Polícia Civil passou a investigar o caso, já que a serpente, assim como outras espécies apreendidas, não é nativa do Brasil. No último dia 29, o estudante chegou a ser preso temporariamente e foi liberado dois dias depois.