Valério Neves, ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), foi preso nesta terça-feira (12) sob a acusação de ser mandante de um duplo homicídio em dezembro de 2020. As informações são do G1 e da TV Globo.
O ex-secretário foi preso em casa, em Brasília, mas tentou se esconder no sótão da casa. Ao G1, o delegado Vinícius Máximo disse que a esposa de Valério e outros familiares disseram que “ele não estava em casa” e que “dificultaram bastante a prisão”.
De acordo com as investigações, Jorque Ramos e Roniel Alves foram assassinador por um funcionário de Valério a mando dele. O motivo seria a construção de uma cerca que invadia parte da propriedade de Valério em Cavalcante (GO).
Antônio Cardo de Miranda, que matou as duas vítimas, era gerente da fazenda de Valério, está preso. O irmão dele, Divino Reno Cardoso de Miranda, também teria participado do crime e está foragido.
A prisão é preventiva, sem tempo determinado pela Justiça. A Polícia Civil afirmou que Valério vai ficar detido em Brasília até que seja confirmado o pedido de transferência para o presídio de Cavalcante. Procurada pelo G1, a defesa do ex-secretário não se manifestou.
Em abril de 2016, Valério Neves já tinha sido preso temporariamente na 28ª fase da Operação Lava Jato, batizada “Vitória de Pirro”, que investigava a cobrança de propina para chamar empreiteiros em CPIs sobre a Petrobras.