Um casal denunciou ter sido agredido por oito homens em um bar na QNM 19, no bairro Ceilândia Sul, em Ceilândia (DF), durante a noite desta segunda-feira, 30. De acordo com a Polícia Civil, as duas vítimas, de 24 anos, foram atacadas durante uma confraternização. Segundo as autoridades, os dois sofreram socos, chutes e golpes de enforcamento.

Conforme o “DF2”, da TV Globo, o casal foi identificado como Bruno Vieira de Miranda e Luiz Carlos Fonseca. De acordo com a dupla, as agressões se iniciaram após um dos dois começar a dançar durante uma confraternização com amigos no bar Original Eskina BAE.

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Em contato com o site IstoÉ, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que o caso é investigado pela Decrin (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes por Discriminação) como homotransfobia, ameaça, lesão corporal e injúria preconceituosa.

DF: casal denuncia homofobia após ser agredido por oito homens em banheiro de bar
De acordo com a Polícia Civil, as duas vítimas, de 24 anos, foram atacadas durante uma confraternização (Crédito:Reprodução/TV Globo)

Segundo Bruno, um homem teria o convidado para dançar de forma irônica e, posteriormente, começou a proferir insultos homofóbicos. Conforme as autoridades, ao menos oito pessoas se reuniram e empurraram a vítima para o banheiro onde ocorreram as agressões.

As forças de segurança relataram que o homem foi socorrido a um hospital, onde recebeu pontos na testa e na cabeça. “A Polícia Militar foi acionada, compareceu ao local, mas não conseguiu deter os agressores antes de se retirar para atender outra ocorrência”, afirmou a corporação.

De acordo com a Polícia Civil, as vítimas passaram por exame de corpo e delito no IML (Instituto Médico Legal) e imagens das câmeras de segurança do estabelecimento são analisadas para que os responsáveis sejam identificados.

Ao “DF2”, Bruno Vieira de Miranda declarou que não teve apoio do bar ou da segurança do local. “Se o pessoal que estava na mesa (com a gente) não separasse (a briga), talvez eu nem estaria vivo”, pontuou a vítima.

Em comunicado publicado nas redes sociais, o Original Eskina BAE alegou que o caso foi “totalmente fora da realidade do bar, que costuma receber diversos públicos”. “Faremos de tudo para que os agressores sejam punidos criminalmente por seus atos. Não vamos tolerar nenhum tipo de homofobia e sempre apoiaremos a causa”, reiterou o estabelecimento.

O bar ressaltou que entrou em contato com Bruno e se colocou a disposição de fornecer suporte jurídico, hospitalar e psicológico. “O Original Eskina BAE, como todos, quer justiça diante dos fatos”, concluiu o empreendimento.