Dezessete pessoas morreram em um incêndio na madrugada deste domingo em um asilo ao norte de Kiev, segundo o último balanço dos serviços de emergência da Ucrânia.

O incêndio foi declarado em um edifício de dois andares, que serve de asilo para idosos, na região de Litochki, localizada cerca de 50 km ao norte da capital ucraniana.

“Os corpos de 17 pessoas foram encontrados no local do incêndio”, indicou em um comunicado o diretor do serviço estatal de Emergência, Mykola Chechetkin.

“O fogo tomou conta de um edifício privado”, declarou a jornalistas, informando que o asilo havia sido instalado em violação às leis existentes.

Mais de uma dezena de sacos mortuários foram deixados perto do portão que contorna o edifício de tijolos brancos, antes de serem colocados em um caminhão, constatou um fotógrafo da AFP no local do acidente.

Em uma declaração na televisão, o chefe adjunto da polícia nacional, Vadim Troyan, anunciou a detenção de um homem, acusado de ter aberto esse asilo que não tinha autorização das autoridades para funcionar.

Segundo as primeiras informações disponíveis, trinta e cinco pessoas estavam no asilo quando o acidente ocorreu.

Das 18 pessoas resgatadas com vida, cinco foram hospitalizadas, acrescenta o serviço de Situações de Emergência.

O governo indicou que criou uma comissão para investigar as causas da tragédia.

Muitas instalações antigas de ex-repúblicas soviéticas, como Ucrânia e Rússia, seguem em uso, embora tenham sérias falhas de segurança.

Em 2011, 16 pessoas morreram em um incêndio em uma casa para idosos administrada pelo Estado no oeste da Ucrânia.

O incêndio deste domingo foi controlado ainda na parte da manhã graças à mobilização de mais de 150 pessoas. As causas da tragédia ainda não foram esclarecidas, mas segundo uma fonte o fogo teria começado com a explosão de uma televisão.

De acordo com os canais de televisão nacionais presentes no local, o acesso à rua onde a casa está localizada foi isolado pela polícia.

Fotografias divulgadas pelo departamento de Situações de Emergência mostravam um edifício em meio às chamas, enquanto as equipes de emergência vasculhavam os escombros em busca de possíveis sobreviventes.

“Tudo estava em ordem aqui: era limpo, arrumado, não havia reclamações”, declarou à televisão Tamara, que vivia perto do estabelecimento.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, foi informado do incidente e o primeiro-ministro Vladimir Groysman nomeou uma comissão especial para investigar o que chamou de “terrível tragédia”, indicou o governo em um comunicado.

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