A polícia de Hong Kong anunciou neste domingo que acusou 47 membros do movimento pró-democracia de subversão, em aplicação à lei de segurança nacional.

As acusações acontecem um mês depois de uma grande operação na qual 55 pessoas, incluindo algumas das figuras mais importantes do movimento pró-democracia, foram detidas.

“A polícia acusou esta tarde 47 pessoas por ‘complô para cometer um ato de subversão'”, anunciou neste domingo a polícia em um comunicado.

As acusações podem resultar em condenações de prisão perpétua.

Após as grandes manifestações pró-democracia de 2019 em Hong Kong, muitas vezes violentas, e da grande vitória dos candidatos da oposição nas eleições distritais, Pequim respondeu com medidas rígidas.

Em maio de 2020, o Parlamento chinês, controlado pelo Partido Comunista da China (PCC), impôs uma lei sobre a segurança nacional que contribuiu para amordaçar muitos nomes importantes da oposição de Hong Kong.

As manifestações estão proibidas e as autoridades, com o pretexto da pandemia, adiaram em um ano as eleições legislativas que tinham o favoritismo da oposição.