Dezenas de milhares de pessoas se aglomeraram nesta terça-feira (14) em Washington em apoio a Israel e para condenar o antissemitismo, após semanas de manifestações majoritariamente pró-palestinas nos Estados Unidos, um país profundamente dividido.

Vários congressistas participaram do protesto na esplanada do National Mall, perto do Capitólio.

Algumas pessoas vestiam azul e branco, as cores da bandeira de Israel, e seguravam cartazes nos quais pediam ao movimento islamista palestino Hamas a libertação dos reféns.

“É claro que apoiamos Israel (…) Estamos fazendo exatamente o que temos que fazer”, declarou o manifestante Sergei Kravchick, apesar da forte polêmica nos Estados Unidos sobre a intensidade da resposta militar israelense ao ataque do Hamas em território israelense em 7 de outubro.

Kravchick, de 64 anos, afirmou sentir-se “orgulhoso” do grande número de pessoas que participaram da manifestação. Sob o nome ‘Marcha por Israel’, o protesto denunciou o antissemitismo e pediu a libertação dos 240 reféns sob controle do Hamas, segundo a Federação Judaica de Washington, uma das organizadoras do protesto.

Combatentes do Hamas cruzaram a fronteira vindos da Faixa de Gaza e mataram 1.200 pessoas em solo israelense, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.

Desde então, o Exército israelense bombardeia intensamente Gaza e lançou uma incursão terrestre que já resultou na morte de mais de 11.300 pessoas, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.

Em uma intervenção virtual de Jerusalém, o presidente israelense, Isaac Herzog, pediu à multidão que se manifeste “pelo direito de todo judeu de viver com orgulho e em segurança em Israel, nos Estados Unidos e no mundo”. “Ninguém nos dobrará”, afirmou.

O líder da maioria no Senado dos EUA, o democrata Chuck Schumer, e o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, também discursaram, bem como parentes de reféns.

“Os Estados Unidos sentem sua dor”, disse Schumer, que é judeu.

“Aniquilem o Hamas”, diziam alguns cartazes vistos na manifestação, que transcorreu sob um forte esquema de segurança.

Mark Moore, um pastor cristão de 48 anos, considera Israel “o único bastião da liberdade” no Oriente Médio e, embora queira a paz, espera que ela chegue “através da vitória para que este ciclo interminável de violência não continue”.

Antes desta manifestação, diversos protestos por todo o país foram organizados pedindo um cessar-fogo e criticando o Exército israelense. Uma manifestação realizada em Washington há menos de duas semanas denunciou o apoio incondicional do presidente Joe Biden às políticas militares israelenses.

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