Pelo menos 32 incêndios florestais afetavam, nesta quarta-feira (28), o norte e nordeste do estado do Texas, no sul dos Estados Unidos, com o maior deles ainda fora de controle, enquanto várias localidades continuavam evacuando moradores e estradas permaneciam fechadas devido ao avanço das chamas.

Durante a noite de terça, a principal fábrica americana de bombas nucleares, Pantex, localizada nas proximidades de uma das cidades afetadas, teve que interromper temporariamente suas atividades. A empresa anunciou que retomaria suas operações normalmente na quarta-feira.

Os maiores incêndios ativos atingem a região conhecida como Panhandle (‘alça da panela’ em inglês), nomeada assim por seu formato no mapa. As áreas afetadas abrangem cerca de 255.600 hectares, informou o Serviço Florestal do Texas.

Segundo essa fonte, dos 32 incêndios, seis são classificados como “ativos” e o restante estava sob controle ou contido – ainda queimando, mas sem avançar.

O maior foco ativo até o momento, conhecido como Smokehouse Creek, havia queimado até esta quarta cerca de 202.000 hectares e não estava controlado. Trata-se do segundo maior incêndio florestal que o Texas enfrenta desde 1988, de acordo com dados oficiais.

“Esta manhã, o vento diminuiu e a umidade aumentou. Isso freou a progressão dos incêndios. Hoje começarão os trabalhos para aumentar o controle dos incêndios”, indicou a prefeitura da cidade de Borger, próxima ao maior incêndio, em sua conta no Facebook.

Por sua vez, a cidade de Fritch, também na região, permanecia sem eletricidade nem água, e as autoridades instavam a população a permanecer em abrigos.

O escritório do Serviço Meteorológico dos Estados Unidos em Amarillo, cidade do Texas próxima a alguns dos incêndios, previa “ventos leves” para quarta-feira.

Na terça, fortes ventos aceleraram a expansão de vários desses incêndios e levaram a fumaça até Amarillo, onde a qualidade do ar estava muito ruim.

Greg Abbott, governador do Texas, anunciou na terça-feira uma declaração de desastre natural para 60 condados, desbloqueando recursos para combater os incêndios.

“Espera-se que as condições quentes e secas causadas pelas altas temperaturas e pelo vento continuem na região nos próximos dias. Essas condições podem aumentar o potencial de crescimento desses incêndios florestais e torná-los mais perigosos”, destacou o governador.

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