Um tribunal da Bósnia ordenou nesta quarta-feira (22) sentenças de até 18 anos de prisão para 10 sérvio-bósnios considerados culpados pelo assassinato de 24 prisioneiros civis muçulmanos bósnios durante a guerra civil, há três décadas.

Os dez homens foram considerados culpados de crimes contra a humanidade durante a guerra entre os anos de 1992 e 1995, que deixou cerca de 100 mil mortos.

O grupo atacou comunidades próximas à atual cidade de Novi Grad em 22 de junho de 1992, depois que um membro de sua milícia sérvia-bósnia foi morto.

Eles obrigaram os moradores a abandonarem suas casas, de acordo com relatos da imprensa sobre o julgamento, que durou sete anos.

Alguns foram levados para o cemitério de uma igreja ortodoxa, onde homens foram mortos na frente de suas esposas e filhos, disse a juíza de um tribunal estadual da Bósnia, Lejla Kinjic Dragovic.

Cerca de 90 homens foram então levados para um cemitério muçulmano, onde foram forçados a cavar uma vala comum e fazer fila ao lado dela, acrescentou. Vinte e quatro deles foram mortos.

Os corpos foram posteriormente exumados e jogados em um rio. Alguns continuam desaparecidos.

No julgamento, apenas quatro dos 10 réus, todos membros de uma milícia sérvia-bósnia, estiveram presentes.

Seis deles foram condenados a 18 anos de prisão, informou o tribunal em um comunicado. Outros três foram sentenciados a 15 anos, enquanto o décimo homem recebeu uma pena de nove anos.

A sentença máxima por crimes de guerra é de 20 anos de reclusão.

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