15/08/2024 - 17:24
A guerra na Faixa de Gaza, que estourou há mais de 10 meses, é a mais letal das muitas que foram travadas neste estreito território palestino, de 360 km² e que abrigava 2,4 milhões de habitantes antes do conflito.
Mais de 40 mil pessoas morreram na ofensiva lançada por Israel em represália pela incursão brutal de comandos dirigidos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, segundo o balanço do Ministério da Saúde do governo do movimento islamista em Gaza, que não distingue entre o número de civis e combatentes mortos.
Naquele 7 de outubro, os milicianos do Hamas mataram 1.198 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
O Exército israelense afirmou nesta quinta-feira (15) que sua ofensiva aérea e terrestre havia “eliminado mais de 17 mil terroristas” na Faixa de Gaza.
Quase um terço das 1.198 pessoas mortas em Israel pertenciam às forças de segurança: 306 eram soldados, 60 policiais e dez eram integrantes do serviço de inteligência doméstico Shin Bet. Entre os civis, dez eram menores de idade, segundo as autoridades.
Entre os mortos havia 79 estrangeiros, entre eles 43 tailandeses.
Segundo o Exército israelense, 690 soldados morreram desde 7 de outubro, incluídos 330 na ofensiva terrestre em Gaza que começou 20 dias mais tarde.
Em Israel e na Cisjordânia ocupada, 38 pessoas – soldados e civis – morreram desde 7 de outubro em ataques palestinos ou durante operações do Exército em áreas autônomas palestinas desse território ocupado por Israel desde 1967.
No norte de Israel e nas Colinas de Golã, um território sírio ocupado e anexado por Israel, 22 soldados e 26 civis morreram em ataques com foguetes e mísseis disparados do Líbano pelo movimento islamista Hezbollah, aliado do Hamas, segundo dados israelenses.
Das 251 pessoas sequestradas em Israel durante o ataque de 7 de outubro, 111 permanecem em Gaza, 39 das quais foram declaradas mortas pelo Exército israelense. Os corpos de outros 24 reféns foram levados para Israel.
O Ministério de Saúde de Gaza reportou 40.005 mortos e 92.401 feridos em Gaza como consequência da ofensiva israelense.
Até o dia 16 de julho, o Exército israelense indicou que havia realizado ataques aéreos contra 37 mil “alvos” e contra “mais de 25 mil infraestruturas terroristas e plataformas de lançamento” de projéteis na Faixa de Gaza desde o início da guerra.
Também assegurou que havia matado ou capturado cerca de 14 mil combatentes inimigos, incluídos “mais de 20 comandantes de brigada e 150 comandantes de batalhões” do Hamas.
As Brigadas Ezzedine al Qassam, braço armado do Hamas, não divulgam números sobre suas baixas.
No início da guerra, o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês) estimava que o braço armado do movimento islamista dispunha de entre 15 e 20 mil combatentes. Por sua vez, o Instituto Nacional de Estudos de Segurança de Israel (INSS, na sigla em inglês) os numerava em 15 mil, mas destacava que alguns meios árabes estimavam esses efetivos em até 40 mil.
Pelo menos 632 palestinos da Cisjordânia ocupada morreram pelas mãos de soldados ou de colonos israelenses desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina, que administra parcialmente esse território.
Desde 7 de outubro, os duelos de artilharia entre Israel e o Hezbollah libanês, aliado do Hamas, se intensificaram.
Pelo menos 570 pessoas morreram no Líbano desde então nesses enfrentamentos, segundo um levantamento da AFP.
A maioria são combatentes do Hezbollah ou de outros grupos armados, incluídos o Hamas e o movimento Amal, aliado do Hezbollah. A lista também inclui 118 civis.
O Hezbollah reportou a morte de pelos menos 370 de seus integrantes.
Cerca de 100 mil pessoas deixaram suas casas em ambos os lados da fronteira.
Na Síria, ao menos 25 combatentes do Hezbollah morreram em bombardeios atribuídos a Israel, segundo um balanço da AFP.
Além disso, sete membros da Guarda Revolucionária iraniana (IRGC, na sigla em inglês) morreram em um ataque aéreo em Damasco, a capital síria.
Israel, por sua vez, informou que cerca de 7.500 foguetes foram disparados contra o seu território vindos de Líbano e Síria.
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