Somente um cidadão americano não admite que o governo de Donald Trump é a instauração e a personificação do caos no mais alto comando dos EUA. Essa pessoa se chama Donald Trump. Na semana passada, uma das mais exatas e bem humoradas definições de sua gestão veio do intelectual David Cohen, catedrático da Universidade de Akron: “o que temos no salão oval da Casa Branca é um governante que precisa de babá”. Trump não se abalou. Em sua compulsão pelas redes sociais, ele anunciava na terça-feira 1 que “não há o menor sinal de ruína no país”, e escrevia isso enquanto o diretor de comunicações de seu governo, Anthony Scaramucci, deixava o cargo que ocupou por apenas dez dias. A palavra caos era repetida aos quatro cantos da nação após ter sido utilizada pelo jornal The New York Times, e, falando-se em caos, a nomeação e a conduta de Scaramucci foram a mais perfeita tradução da baderna que reina sob a batuta de Trump. Scaramucci mal esquentou a cadeira e disparou a fazer intrigas e comentários maldosos sobre seus pares que, um a um, foram todos caindo: o porta-voz Sean Spicer, chamado de “irresponsável”, e o então chefe da Casa Civil Reince Priebus que se viu insultado com palavrões em entrevista que Scaramucci concedeu à revista New Yorker. Quem mandou o deseducado financista de Wall Street para casa foi general John Kelly, homem extremamente disciplinado e austero, acomodado por Trump na chefia de gabinete da Casa Branca – e com amplos poderes. Segundo analistas americanos, a sua nomeação é um sinal de que o presidente já concorda, nos bastidores, com aquilo que não assume publicamente: o seu governo é mesmo o caos.

US$ 6,3 bilhões é o resultado (recorde) da balança comercial brasileira no mês de julho. As exportações superaram pelo sexto mês consecutivo as importações. US$ 42,5 bilhões é o saldo dos sete primeiros meses desse ano – o mais elevado patamar desde 1989. Em dezembro, tal saldo deve saltar, segundo o governo, para US$ 60 bilhões.

SOCIEDADE
Príncipe Philip se aposenta da “vida pública”

Divulgação

Pode parecer estranho um príncipe se aposentar, e é natural que nasça na cabeça de alguém a seguinte pergunta: “em que ele trabalhava?”. O fato é que, na Inglaterra, príncipes se aposentam da vida pública. Assim, na semana passada, quem anunciou a sua aposentadoria foi o marido da rainha Elizabeth II. Trata-se do príncipe Philip, duque de Edimburgo, recordista em longevidade se comparado a todos consortes ingleses. Philip está com 96 anos. De chapéu-coco e capa de chuva, participou de sua última cerimônia oficial: o desfile da Marinha Real. Ele se notabilizou pelo senso de humor às vezes até inadequado – isso na opinião de sisudos britânicos.

Comportamento
Insanidade brasileira

Sai governo, entra governo, a enfermidade mental é tratada no Brasil como se estivéssemos na idade média. A situação agora se agrava ainda mais: referência mundial em psiquiatria, o Instituto Philippe Pinel, que é público, fechou no Rio de Janeiro um de seus setores mais vitais: o de emergência. Faltam remédio, médico, comida.

Istoé

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João Castellano/istoe

Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES (à esq.), e seu assessor, José Talarico (à dir.), visitaram na semana passada o Grupo de Comunicação Três, onde foram recebidos pelo presidente executivo, Caco Alzugaray (ao centro).

CULTURA
O melhor do cinema.

2016 Sucesso de público, o que também ocorrerá esse ano

E ao ar livre São Paulo recebe no próximo final de semana (sábado 12 e domingo 13) a sétima edição do Rocky Spirit, o maior festival de cinema ao ar livre do País. “Durante dois dias exibiremos gratuitamente os lançamentos vindos do Telluride Mountainfilm Festival, o mais prestigiado festival de filmes de aventura dos Estados Unidos”, diz Andrea Estevam, diretora de conteúdo da editora Rocky Mountain. Ela é organizadora do evento e também diretora artística. Entre os títulos que serão projetados está o brasileiro Sangue Latino, sobre uma equipe que escalou uma das mais verticais paredes de rocha do Brasil. O festival acontece no Parque Villa Lobos, a partir das 17 hora, com música ao vivo e a exibição de aproximadamente vinte e cinco mil filmes.

OLIMPÍADAS
Teremos sempre Los Angeles e Paris

FREDERIC J. BROWN

Los Angeles sediará os Jogos Olímpicos de 2028 – e será sede pela terceira vez, já que no passado acolheu as Olimpíadas em 1932 e 1984. A cidade americana receberá do COI cerca de US$ 1,8 bilhão para organizar a competição. Já os Jogos Olímpicos de 2024 se realizarão em Paris, que assim se tornará sede pela segunda vez – a primeira foi em 1924. Do COI sairão para a capital francesa aproximadamente US$ 1,7 bilhão. Diversas cidades foram retirando as suas candidaturas (Boston, Roma, Budapeste, Hamburgo), e, ao final, só restaram Los Angeles e Paris. Antes desses dois Jogos ocorrerão, é claro, as Olimpíadas de 2020: a cidade anfitriã é Tóquio.


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