Devemos botar ponto final em abuso de outro Poder, diz Bolsonaro em comício

Devemos botar ponto final em abuso de outro Poder, diz Bolsonaro em comício

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta sexta-feira, durante comício em Divinópolis (MG), que é preciso colocar um “ponto final” no que chamou de abuso de outro Poder, em uma nova ameaça indireta ao Judiciário a nove dias do primeiro turno das eleições.

“Vocês sabem que vocês estão tendo cada dia mais a sua liberdade ameaçada por outro Poder, que não é o Poder Executivo. E nós sabemos que devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder”, disse.

A despeito de as pesquisas mostrarem que está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro voltou a dizer que vai vencer a corrida eleitoral no primeiro turno, que seus apoiadores são maioria e que após a eleição todos terão de jogar dentro das quatro linhas, porque há limites. “O meu governo sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição. Em havendo a reeleição, todos –sem exceção– jogarão dentro das quatro linhas da Constituição. Ninguém é dono de nada aqui, eu não mando na Presidência da República, eu tenho limites. O prefeito aqui não manda na cidade, tem limites”, disse.

  “Assim é dentro de cada Poder, ninguém manda na República a não ser o nosso povo e a vontade desse povo se fará presente após as eleições em toda a sua plenitude”, emendou.   Em várias oportunidades, Bolsonaro tem se referido às quatro linhas em meio a críticas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

BANDIDOS

Bolsonaro também disse que o Brasil tem bandidos no lugar da oposição.

“Hoje nós não temos uma oposição, nós temos bandidos que querem o mal da sua população e nós vamos derrotar este pessoal nas urnas agora no próximo dia 2 de outubro”, disse Bolsonaro no interior de Minas Gerais.

    O presidente participou antes de uma motociata e teria outros eventos na cidade. Ele tem intensificado agendas no Sudeste como forma de tentar diminuir a distância do ex-presidente Lula, segundo fontes da campanha à reeleição.

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