Um jovem militar cabo-verdiano, suspeito de ter matado onze pessoas, entre elas dois espanhóis, foi detido na quarta-feira em um bairro da capital, Praia, informaram meios de comunicação locais.

O homem, de 23 anos, foi detido no meio da tarde. A rádio e televisão pública RTCV divulgou fotos do suspeito, com o torso nu e sinais de agressão no rosto.

“O suposto autor do odioso crime cometido em Monte Tchota foi detido”, anunciou o premiê Ulisses Correia e Silva em um comunicado, enumerando os nomes dos onze mortos em um centro de telecomunicações controlado pelo exército no norte da capital.

Correia saudou a atuação da “polícia nacional, da polícia judicial e das forças armadas, cuja rápida intervenção permitiu a captura do suposto autor do assassinato de onze pessoas”, sem mencionar nem recordar que pertencia ao exército.

Segundo meios de comunicação cabo-verdianos, o suspeito tentou roubar um táxi, mas o motorista conseguiu contê-lo com a ajuda de outros civis após uma intensa luta, que terminou depois com a chegada da polícia.

Estava armado, mas não conseguiu resistir às forças de segurança, que o levaram a um posto da polícia nacional, segundo a imprensa.

Foram decretados dois dias de luto a partir desta quarta-feira e o presidente Jorge Carlos Fonseca, assim como o primeiro-ministro Correia, anularam sua participação nas tradicionais festividades da Ilha de Fogo.

Vários meios de comunicação publicaram a identidade do suposto assassino e sua idade, visto que teria reconhecido os fatos à sua família e também disse que tinha chamado cada uma das vítimas pelo nome antes de matá-las, para depois fugir.

Os mortos são onze homens, com idades entre 20 e 51 anos: oito militares e três civis, entre eles dois técnicos espanhóis.

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