Detentos do Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, em Goiás, transmitiram ao vivo pelas redes sociais um princípio de rebelião nesta sexta-feira (19).

Com o motim, três presos sofreram ferimentos leves. De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, não há registros de mortes.

Até o momento, não se sabe o que motivou a rebelião na Ala A da penitenciária. O motim começou durante o banho de sol dos detentos. O Grupo de Operações Penitenciarias Especiais (Gope) foi acionado, e negociou com os presidiários, que se renderam.

Uso de celulares

Nas imagens registradas, é possível ver que os detentos têm livre acesso a celulares. Eles pedem melhores condições e afirmam que a polícia atirou contra eles e matou dois presidiários.

Através dos registros da transmissão ao vivo, é possível ver os presos queimando colchões, e pedindo a saída do diretor do presídio. “Tira o diretor”, gritam os detentos. O presidiário responsável pela transmissão afirma diversas vezes: “Eles querem matar nós”.

As autoridades investigam se o motim tem relação com a morte de um policial penal que atuava no complexo. O agente penitenciário era Elias de Souza Silva, de 38 anos, que foi executado na manhã da última quinta-feira (18), depois de ter recusado suborno de detentos do complexo.

Os presidiários ofereceram R$ 5 mil para que a vítima devolvesse três celulares apreendidos durante uma operação dentro do presídio. Elias negou o suborno e virou alvo dos detentos. Dias depois da recusa, a esposa do agente, Ana Paula, foi buscá-lo no final do expediente e, na volta para a casa, o carro em que estavam foi cercado e o casal foi executado dentro do veículo.