Uma iniciativa para ajudar não só no combate à pandemia do coronavírus, mas também na geração de emprego, na reintegração social e no meio ambiente. Foi com esse objetivo que um grupo se reuniu para criar o movimento #EuCuido, que conta com a produção de máscaras feitas por mulheres encarceradas, ex-detentas e imigrantes. A cada máscara comprada, outra é doada a pessoas em situação de vulnerabilidade.

O grupo é formado pelo movimento #euvistoobem, que atua na profissionalização e na geração de renda digna para mulheres em situação de vulnerabilidade, pelo Hospital Israelita Albert Einstein, que traz a expertise na área da saúde, e por Grupo Gaia, Din4mo, Blend e Sistema B, todas instituições de impacto socioambiental.

“O nascimento das máscaras #eucuido foi muito orgânico. Eu sabia que era impossível ficar olhando a quarentena passar sem contribuir efetivamente para a solução do problema. Por outro lado, eu levava nas costas o peso de uma empresa, que emprega mais de 40 pessoas, e que havia acabado de perder todos os contratos e não tinha nenhuma perspectiva de voltar a operar. A confecção das máscaras foi o caminho mais curto para me engajar no movimento de salvar vidas e fazer renascer o movimento euvistoobem”, explica Roberta Negrini, uma das idealizadoras do projeto.

Fazer este movimento sem descuidar do próximo e do meio ambiente foi a principal missão. Para que nosso planeta não sofra ainda mais as consequências dessa pandemia, o #EuCuido garante uma produção com tecidos provenientes da economia circular e lixo zero, já que todo resíduo é reaproveitado.

O projeto é lançado em um momento em que ir para a rua nunca exigiu tanta atenção. Hoje, ao se preparar para sair de casa, além de pegar a chave e a carteira, também é necessário pegar a máscara. O item se tornou peça fundamental na vestimenta de qualquer um que precise quebrar o isolamento social. “Essa pandemia nos mostrou a enorme importância do cuidado.

Quanto mais cuidado tivermos com nós mesmos e com os outros, mais rápido e melhor sairemos dessa”, explicou o CEO do Grupo Gaia e um dos fundadores do Movimento, João Paulo Pacífico.

Em meio a uma onda de informações – muitas vezes desencontradas – é importante buscar dados concretos para garantir que o uso da máscara seja correto e a proteção efetiva.

O uso incorreto da máscara ou a escolha por materiais inapropriados pode reduzir o fator de proteção. Por isso, as máscaras #EuCuido são confeccionadas com dupla camada de tecido com fibras naturais de tramas fechadas, além de um elemento filtrante feito de TNT. Elas ainda são de dupla face, feitas com tecidos coloridos e estampas alegres de um lado e lisos de outro. Dessa forma, a máscara ajuda a compor o look do dia a dia e, mais do que isso, mostra que a proteção pode ter o seu lado divertido.

As máscaras podem ser adquiridas a partir de R$ 13 (combo de duas máscaras – uma para o comprador e outra para doação), pelo site eucuido.org.br, com entrega para todo o Brasil. As doações acontecem pelo mesmo site.